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Bolsonaro critica ministro do STF por suspender despejos na pandemia

Em razão da pandemia de coronavírus, o ministro Luís Roberto Barroso proibiu por 6 meses desocupações coletivas e despejos de vulneráveis

atualizado

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Anderson Riedel/PR
Presidente Jair Bolsonaro
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro - Foto: Anderson Riedel/PR

Em interação com apoiadores nesta segunda-feira (7/6), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) atacou o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), pela decisão de suspender, por seis meses, desocupações coletivas e despejos de moradores vulneráveis em todo o país.

“O ministro Barroso aceitou agora uma petição do PSol – olha só, a que ponto nós chegamos, né? –, de modo que quem invadiu terra ou quem tá ocupando um imóvel desde antes da Covid pode ficar mais seis meses, numa boa, tranquilo… É o fim da propriedade privada”, criticou o mandatário na saída do Palácio da Alvorada.

Na semana passada, o ministro Luís Roberto Barroso aceitou parcialmente pedido feito pelo PSol e decidiu, em caráter liminar, suspender por seis meses “ordens ou medidas de desocupação de áreas que já estavam habitadas antes de 20 de março do ano passado, quando foi aprovado o estado de calamidade pública em razão da pandemia da Covid-19”.

A medida estipula que ficam vetadas “medidas administrativas ou judiciais que resultem em despejos, desocupações, remoções forçadas ou reintegrações de posse de natureza coletiva em imóveis que sirvam de moradia ou que representem área produtiva pelo trabalho individual ou familiar de populações vulneráveis”.

O chefe do Executivo classificou a decisão de “lamentável” e voltou a fazer críticas ao PSol.

“Quando se fala em propriedade privada, é a base do capitalismo, da democracia, né? Que que é esse regime nosso? Você compra alguns imóveis pra te ajudar na aposentadoria mais tarde. Agora, o cara ocupa, não paga mais aluguel e o ministro Barroso acha que tá certo, ele pode continuar no imóvel enquanto durar a pandemia. Como o PSol não consegue nada dentro da Câmara, vai para a Justiça, onde encontra seus simpatizantes lá. Lamentável a decisão do Barroso, mais uma”, prosseguiu Bolsonaro.

Último a ser vacinado

Na conversa com apoiadores, uma mulher defendeu a vacinação de professores, ao que Bolsonaro respondeu: “Eu tenho um Plano Nacional de Imunização que não vou meter o dedo nele, porque é uma lei isso daí. Todo mundo tem prioridade, tanto é que eu vou ser o último vacinado, deixo todo mundo entrar na minha frente”.

Já em idade de se vacinar desde 3 de abril, conforme cronograma do Governo do Distrito Federal (GDF), o presidente da República disse várias vezes que não pretendia se vacinar. Bolsonaro tem 66 anos e já contraiu o coronavírus em 2020.

Crise no Amazonas

Jair Bolsonaro também voltou a disparar ataques contra o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), e o senador Eduardo Braga (MDB-AM), em razão da crise na segurança pública no estado.

“Estamos tendo problemas em Manaus, né? Acabou falecendo lá um chefe do tráfico, e o pessoal tá reagindo a isso daí. Eu queria saber onde estão os senadores Omar Aziz e Eduardo Braga. Não são lá do Amazonas? Não cuidam do interesse do estado? Estou aguardando o pronunciamento deles, já que tá tudo bem lá, eles tão só preocupados com essa CPI, né”.

Aziz se manifestou ainda no domingo (6/6) se dizendo indignado com a crise na segurança pública do estado. Por sua vez, Braga criticou, nesta segunda-feira, a gestão do governo estadual e defendeu políticas para evitar que a juventude caia no crime.

Ataques criminosos se iniciaram depois da morte de um traficante da região. Até domingo (6/6), ao menos 21 veículos e quatro agências bancárias foram incendiadas.

A conversa de Bolsonaro com apoiadores foi divulgada por um canal no YouTube simpático ao presidente.

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