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Bolsonaro convocará “jejum nacional” e oração contra coronavírus

Presidente disse que vai atender a pedidos de “evangélicos e católicos” em um dia de oração pela superação da crise do coronavírus

atualizado

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Presidente Jair Bolsonaro conversa com pastores no Alvorada
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro conversa com pastores no Alvorada - Foto: Reprodução/Facebook

Entre as ações planejadas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no combate à pandemia de coronavírus no Brasil está a convocação de um “dia de jejum nacional” e de oração pela superação da crise que já infectou mais de 1 milhão de pessoas mundo afora.

Bolsonaro ouviu a sugestão de pastores com os quais conversou na tarde desta quinta-feira (02/04) na portaria do Palácio da Alvorada e disse, em entrevista ao programado jornalista Augusto Nunes, que outros religiosos já o haviam procurado com a ideia.

“Vou pedir um dia de jejum para todo o povo brasileiro, para o Brasil ficar livre desse mal o mais rápido possível”, disse Bolsonaro na entrevista, sem marcar a data do “evento”.

Na mesma entrevista, Bolsonaro fez críticas abertas a seu ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, por sua resistência a abraçar a agenda bolsonarista de que é preciso aliar o combate ao vírus com a proteção da atividade econômica.

“O Mandetta já sabe que a gente tá se bicando há algum tempo”, disparou Bolsonaro. “Eu não vou demitir no meio da guerra, mas ele sabe que em algum momento ele extrapolou”, completou, para depois amenizar um pouco: “Não é ameaça. Se ele se sair bem, sem problema”.

Para Bolsonaro, Mandetta, “em alguns momentos, faltou humildade. Ele deveria ouvir um pouco mais o presidente da República”, referindo-se à resistência do ministro em concordar com a volta dos brasileiros fora de grupos de risco ao trabalho

Ao longo do dia, o chefe do Executivo Federal voltou a subir o tom contra governadores como João Doria (PSDB), de São Paulo, por causa das medidas de isolamento social impostas por eles para conter o contágio da população pelo vírus.

Para Bolsonaro, o impacto econômico da quarentena trará uma “segunda onda” que ele considera pior do que a crise de saúde pública provocada pela pandemia.

Veja a íntegra da entrevista:

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