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Bolsonaro admite possibilidade de substituir presidente da Petrobras

Em nova crítica à empresa, Bolsonaro defendeu privatização da estatal e disse que o preço dos combustíveis no Brasil é “impagável”

atualizado

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Jair Messias Bolsonaro
1 de 1 Jair Messias Bolsonaro - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PL) admitiu que existe a possibilidade de substituir o atual presidente da Petrobras, o general Joaquim Silva e Luna – que já negou que deixará a petroleira.

O chefe do Executivo tem criticado a empresa pelo reajuste no preço dos combustíveis no Brasil. A alta, motivada pelo conflito entre Rússia e Ucrânia, foi de 18,8% na gasolina e de 24,9% no diesel.

Em entrevista à TV Ponte Negra, afiliada do SBT no Rio Grande do Norte, no entanto, o presidente disse que, apesar da possibilidade, não quer dizer que a troca será realmente feita. A entrevista foi veiculada nesta quarta (16/3).

“Existe essa possibilidade [de trocar o presidente da Petrobras]. Todo mundo no governo – ministros, secretários, diretores de empresas, presidentes de estatais – pode ser substituído se não tiver fazendo um trabalho a contento. Não quer dizer que vai ser trocado ou que não vai ser trocado”, afirmou Bolsonaro.

“Eu só não posso trocar o vice-presidente da República. O resto, todos podem ser trocados, obviamente por motivos de produtividade, por motivo de falha ou omissão no respectivo serviço”, prosseguiu.

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Bolsonaro diz que Petrobras “cometeu crime”

Na entrevista, Bolsonaro isse que a empresa cometeu um “crime contra a população” com o reajuste. Um dia depois do aumento, o Congresso Nacional aprovou, e Bolsonaro sancionou, o projeto de lei que altera a regra de incidência do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias (ICMS) sobre combustíveis. A iniciativa constitui tentativa de amenizar o repasse da alta dos preços ao consumidor final.

“Por um dia, a Petrobras cometeu esse crime contra a população, com esse aumento absurdo no preço dos combustíveis. Isso não é interferir na Petrobras, na ação governamental, é apenas bom senso. Poderiam esperar ao menos”, disse o presidente, na terça-feira (15/3), .

“Quando eles deram um reajuste, o preço do petróleo lá fora estava em US$ 130. Hoje está em US$ 100. Agora eu pergunto: a Petrobras – eu não tenho ascendência sobre ela, não mando na Petrobras – vai reduzir o aumento absurdo concedido na semana passada ou está muito bom para todos vocês da Petrobras?”, indagou Bolsonaro.

Durante a conversa, Bolsonaro também disse que o preço dos combustíveis no Brasil é “impagável”. Na entrevista, ele defendeu a privatização da Petrobras.

“Não tenho poderes sobre a Petrobras. Por mim, é uma empresa que poderia ser privatizada hoje, ficaria livre desses problemas. E a Petrobras se transformou na Petrobras Futebol Clube, e há um clubinho lá dentro, que só pensa neles, jamais pensa no Brasil. Até mesmo o repasse para o gás de cozinha – algo impensável – fizeram também.”

Reajuste nos combustíveis

O reajuste anunciado pela Petrobras começou a valer na última sexta-feira (11/3). O preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras passou de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro, um aumento de 18,8%. Para o diesel, o preço médio passou de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro, o equivalente a uma alta de 24,9%.

O GLP, conhecido como gás de cozinha, também ficou mais caro. O preço médio de venda do GLP da Petrobras para as distribuidoras foi reajustado em 16,1% e passou de R$ 3,86 para R$ 4,48 por kg, equivalente a R$ 58,21 por 13 kg.

“Apesar da disparada dos preços do petróleo e seus derivados em todo o mundo, nas últimas semanas, como decorrência da guerra entre Rússia e Ucrânia, a Petrobras decidiu não repassar a volatilidade do mercado de imediato, realizando um monitoramento diário dos preços de petróleo”, afirmou a estatal, em comunicado.

A empresa argumentou que os valores refletem parte da elevação dos patamares internacionais, impactados pela oferta limitada frente à demanda mundial por energia.

O governo federal estuda uma forma de segurar os preços dos combustíveis. A equipe econômica avalia repassar o custo da alta do petróleo no mercado internacional para a estatal ou criar novo programa de subsídios.

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