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Bolsonaro diz que preço dos combustíveis no Brasil é “impagável”

Em nova crítica à Petrobras, presidente disse que estatal “não colabora com nada” e que reajuste feito na semana passada deveria ser revisto

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Jair Messias Bolsonaro
1 de 1 Jair Messias Bolsonaro - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta terça-feira (15/3) que o preço dos combustíveis do Brasil é “impagável”. Em mais uma crítica à Petrobras, o chefe do Executivo federal disse que a estatal “não colabora com nada”.

Na semana passada, a petroleira anunciou um reajuste de 18,8% na gasolina e de 24,9% no diesel. O acréscimo foi agravado pelo conflito entre Rússia e Ucrânia, que já dura 20 dias. Um dia depois do aumento, o Congresso Nacional aprovou, e Bolsonaro sancionou, o projeto de lei que altera a regra de incidência do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias (ICMS) sobre Combustíveis, numa tentativa de amenizar o repasse da alta dos preços ao consumidor final.

“O barril do petróleo chegou a US$ 135 na semana passada. Agora já caiu e está em US$ 100. A gente está esperando, inclusive, ter um retorno da Petrobras para rever esses preços que foram absurdamente majorados na semana passada”, disse o presidente, na manhã desta terça, em entrevista à TV Ponte Negra, afiliada do SBT no Rio Grande do Norte.

“Qualquer nova alta a gente vai, da nossa parte aqui, desencadear um processo para que esse reajuste não chegue na ponta da linha para o consumidor. É impagável o preço dos combustíveis no Brasil. E lamentavelmente a Petrobras não colabora com nada”, declarou Bolsonaro.

 

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Na tarde desta terça, durante cerimônia no Palácio do Planalto, Bolsonaro fez declaração semelhante ao voltar a criticar a Petrobras e dizer que espera que a empresa acompanhe a queda do petróleo no mercado internacional.

“Estamos tendo notícias de que, nos últimos dias, o preço do petróleo lá fora tem caído bastante. A gente espera que a Petrobras acompanhe a queda de preço lá fora. Com toda a certeza, ela fará isso daí”, declarou.

“Ao que tudo indica, os números de agora, em especial o preço do barril de petróleo lá fora, sinalizam para uma normalidade no mundo. Espero que assim seja. E espero que a nossa querida Petrobras retorne aos níveis da semana passada os preços dos combustíveis no Brasil”, acrescentou o presidente.

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Reajuste no preço dos combustíveis

O reajuste anunciado pela Petrobras começou a valer na última sexta-feira. O preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras passou de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro, um aumento de 18,8%. Para o diesel, o preço médio passou de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro, uma alta de 24,9%.

O GLP, conhecido como gás de cozinha, também ficou mais caro. O preço médio de venda do GLP da Petrobras para as distribuidoras foi reajustado em 16,1% e passou de R$ 3,86 para R$ 4,48 por kg, equivalente a R$ 58,21 por 13 kg.

“Apesar da disparada dos preços do petróleo e seus derivados em todo o mundo, nas últimas semanas, como decorrência da guerra entre Rússia e Ucrânia, a Petrobras decidiu não repassar a volatilidade do mercado de imediato, realizando um monitoramento diário dos preços de petróleo”, afirmou a estatal, em comunicado.

A empresa argumentou que os valores refletem parte da elevação dos patamares internacionais, impactados pela oferta limitada frente à demanda mundial por energia.

O governo federal estuda uma forma de segurar os preços dos combustíveis. A equipe econômica avalia repassar o custo da alta do petróleo no mercado internacional para a estatal ou criar novo programa de subsídios.

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