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“Artista não quer esmola”, diz Mario Frias sobre auxílio de R$ 600

“Lei Aldir Blanc”, como ficou conhecido o projeto de lei que prevê benefício para o setor cultural, aguarda sanção do presidente Bolsonaro

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1 de 1 mario_frias_eduardo_bolsonaro - Foto: Reprodução/YouTube

O recém nomeado secretário especial da Cultura, Mario Frias, disse, durante conversa com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que os artistas não querem “esmola”. O ator se referia ao auxílio emergencial de R$ 600 para o setor cultural (leia mais sobre o projeto ao fim da reportagem).

“Artista não quer esmola. A maioria que eu vejo diz: ‘Me deixa trabalhar. Não quero auxílio'”, disse o ex-galã de malhação ao parlamentar, em clara consonância com a visão do presidente Jair Bolsonaro – seu chefe e pai do deputado. A conversa foi compartilhada nas redes sociais de Eduardo.

Na conversa com o “filho 03” de Bolsonaro, Frias também falou sobre a Lei Rouanet, de incentivo à cultura, e prometeu uma “auditoria” no acesso aos editais.

“O problema é quem abraçou a lei para uso exclusivo. A lei é para todos. O presidente diz muito bem quando diz que quer que todo mundo tenha acesso à lei”, declarou o ator.

O secretário da Cultura ainda disse estar em sintonia com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). “Tudo que eu faço pode ter certeza que estou em comunhão com meu presidente”, disse.

Auxílio emergencial para a Cultura

A votação da “Lei Aldir Blanc”, como ficou conhecido o projeto de lei 1.075/2020, foi concluída pelo Congresso Nacional há quase um mês e aguarda a sanção do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Bolsonato tem até o dia 30 de junho, próxima terça-feira, para sancionar ou vetar o texto. Se ele não se manifestar, a lei entra em vigor automaticamente.

O projeto prevê o repasse de R$ 3 bilhões da União para ações emergenciais destinadas ao setor cultural durante a pandemia do coronavírus, como o pagamento de uma renda emergencial de R$ 600 aos profissionais do setor.

O montante será dividido ao meio: metade para estados e Distrito Federal e metade para municípios, sendo 20% de acordo com critérios de rateio do Fundo de Participação de Estados (FPE), no caso de estados e Distrito Federal, e do Fundo de Participação de Municípios (FPM), no caso de municípios. O restante (80%) deverá ser distribuído de forma proporcional à população.

Pelo texto, o pagamento do benefício será limitado a dois membros da mesma família. Além disso, a mulher que for mãe solteira e chefe de família terá direito a duas cotas da renda emergencial.

Com a verba, governadores e prefeitos poderão:

  • pagar o auxílio emergencial aos profissionais de forma retroativa desde 1º de junho;
  • subsidiar a manutenção de espaços culturais;
  • liberar editais, chamadas públicas, prêmios, cursos, manifestações culturais, desenvolvimento de atividades de economia criativa e economia solidária, produções audiovisuais que possam ser transmitidas pela internet ou disponibilizadas por meio de redes sociais.

A proposta ainda prevê a possibilidade de banco federais disponibilizarem linhas de crédito e condições para renegociação de débitos a profissionais do setor cultural, bem como a micro e pequenas empresas.

Nesse caso, o pagamento dos débitos terá de ser feito mensalmente, em até 36 meses, mas apenas 180 dias após o fim do estado de calamidade.

Exigências

Para receber o auxílio, o beneficiário terá de seguir alguns critérios, como:

  • comprovar atuação social ou profissional na área, no prazo de 24 meses anteriores à publicação de lei;
  • não ter emprego formal ativo;
  • não ser beneficiário do seguro-desemprego e não participar de outro programa de transferência de renda, ressalvado o Bolsa Família;
  • não ter renda familiar mensal per capita superior a três salários mínimos;
  • não ter recebido, no ano de 2018, rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70; e
  • comprovar inscrição e respectiva homologação em, pelo menos, um dos cadastros referentes a atividades culturais.
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