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Após dias tentando evitar polêmicas, Bolsonaro faz live semanal

Presidente parou de conceder entrevistas diárias na porta do Palácio da Alvorada, depois da ação contra bolsonaristas e da prisão de Queiroz

atualizado

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Isac Nóbrega/PR
Jair Bolsonaro de perfil
1 de 1 Jair Bolsonaro de perfil - Foto: Isac Nóbrega/PR

O presidente Jair Bolsonaro fez sua tradicional transmissão ao vivo semanal pelas redes sociais nesta quinta-feira (1º/7) à noite, depois de um período incomumente contido em declarações públicas. Sinalizando que quer ficar longe das polêmicas, começou a live optando por elogiar a redução de juros por parte da Caixa Econômica Federal. Ao lado do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, ele anunciou a redução da taxa mensal do cheque especial para 1,8% ao mês.

“Alguns dizem que vai abaixar mais ainda, se isso é não entender de economia, quero continuar não entendendo”, disse o presidente. “Quando assumimos, os juros de cheque especial estavam em 14% ao mês.” Veja:

O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), voltou a elogiar o presidente da Caixa, Pedro Guimarães. “Nunca vi nada parecido”, disse. “Esperava que viesse de um banco privado e veio de um banco público”, disse Bolsonaro.

O presidente tem falado muito pouco se comparado com a época em que concedia entrevistas diárias e parava para conversar com seus apoiadores na porta do Palácio da Alvorada. Essa postura ocorre após a prisão de vários buscas e prisões contra vários apoiadores e blogueiros aliados, ordenadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do inquérito que apura a existência de uma rede de fake news supostamente alimentada por empresários e parlamentares amigos do presidente.

Além disso, o quase silêncio de Bolsonaro ocorre após a prisão do ex-assessor Fabrício Queiroz, que é peça-chave no inquérito que apura o suposto esquema de rachadinha que vigorou no gabinete da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) de Flávio Bolsonaro, quando o filho, hoje senador, era ainda deputado federal pelo Rio de Janeiro.

Nesta semana, ele teve que enfrentar o desgaste das inconsistências no currículo do professor Carlos Decotelli, que havia sido nomeado por ele, oficialmente, como ministro da Educação, substituindo Abraham Weintraub. Com sua nomeação publicada no Diário Oficial da União, Decotelli não chegou a tomar posse, na cerimônia que estava marcada para a terça-feira. Antes disso, o presidente voltou atrás e cancelou a cerimônia. Decotelli somou 5 dias no cargo, entre a nomeação e seu pedido de demissão que foi prontamente aceito pelo presidente.

Nesta semana também, o país superou a marca dos 60 mil mortos por coronavírus de acordo com dados do próprio Ministério da Saúde.

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