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Sobre Lula, Marina diz que “a lei vale para qualquer um”

A quatro dias da convenção da Rede, presidenciável concede entrevista nesta terça-feira (31/7)

atualizado

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Marina Silva
1 de 1 Marina Silva - Foto: Michael Melo/Metrópoles

A pré-candidata ao Palácio do Planalto pela Rede, Marina Silva, durante entrevista à GloboNews nesta terça-feira (31/7), comentou suas relações com os ex-presidentes petistas, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

“Nenhum brasileiro fica feliz em ver o Lula na prisão, mas a Justiça não pode ter dois pesos e duas medidas. É triste o que está acontecendo, mas é a lei, vale para qualquer um”, declarou a ex-ministra do Meio Ambiente.

Sobre Dilma, Marina lembrou o tempo em que as duas faziam parte da equipe de Lula. “Tivemos divergências principalmente na questão de licenciamento, em relação ao mérito das questões que tratávamos. Não tenho nenhum problema pessoal com ela”, disse a pré-candidata.

Perguntada sobre nomes de seu eventual governo, a presidenciável lembrou o nome do economista mineiro Eduardo Giannetti da Fonseca como um possível auxilar, mas recorreu à superstição para não antecipar outras escolhas. “Dizem que dá azar ficar nomeando ministro antes de ganhar”, disse Marina, bem humorada.

Posicionamentos
A pré-candidata também rebateu a crítica de que, nos últimos anos, não se posicionou em relação a temas relevantes para o país. “Posso não me posicionar como as pessoas gostariam, mas fui a favor do impeachment. Sou a favor da Lava Jato, da autonomia do Ministério Público e de que a Polícia Federal possa fazer as investigações”, explicou.

Perguntada a respeito de como negociará com o Congresso caso seja eleita, Marina lembrou de projetos que conseguiu aprovar quando estava na Esplanada. “Quando você tem uma postura republicana, você consegue ter conversas republicanas”, afirmou. “Fui ministra do Meio Ambiente e aprovei as leis mais difíceis de aprovar, tudo dialogando com os partidos”, acrescentou.

Na sequência, Marina contou que, na apreciação dessas propostas, buscava o apoio da oposição ao governo do PT. “Eu ligava para o Fernando Henrique (ex-presidente) , ligava para o Arthur Virgílio (então líder do PSDB no Senado)”, disse.

Marina Silva é a segunda presidenciável entrevistada nesta semana pela Globonews. Na segunda-feira, os jornalistas da emissora sabatinaram o senador Álvaro Dias (Podemos). Terceira colocada nas duas últimas eleições para o Palácio do Planalto, ela se apresenta em 2018 como alternativa aos grandes partidos que dominaram a política brasileira desde a redemocratização.

Na pesquisa do Instituto Paraná divulgada nesta terça-feira (31/7), sem a presença do petista Luiz Inácio Lula da Silva na cédula, a presidenciável da Rede aparece na segunda posição, com 14,4% das intenções de voto, atrás de Jair Bolsonaro (PSL), que tem 23,6%.

Em um cenário com Lula entre os concorrentes, Marina obtém 9,2% das preferências dos eleitores e cai para a terceira posição. Nessa hipótese, o petista alcança 29% e, Bolsonaro, 21,8%.

A quatro dias da convenção da Rede que homologará seu nome para a disputa pelo Planalto, Marina Silva não formalizou alianças com outros partidos nem anunciou o candidato a vice. Caso o nome seja da Rede, os mais cotados são o economista Ricardo Paes de Barros, o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Melo, ou o deputado Miro Teixeira (RJ).

Mesmo sem fechar alianças, outros partidos indicaram possíveis candidatos a vice. O Pros apresentou como opção o ex-deputado Maurício Rands (PE) e o PHS indicou o ex-procurador-geral de Justiça de Minas Gerais Castellar Modesto Guimarães. No PV, desponta o nome do ex-deputado Eduardo Jorge (SP), candidato a presidente pelos verdes em 2014.

Nas últimas semanas, a coordenação da campanha teve reuniões com PV, PMN, PHS e Pros, mas até a noite desta terça-feira (31/7) nenhum acordo foi tornado público.

Com poucos segundos no horário eleitoral gratuito, a presidenciável também dispõe de parcos recursos do Fundo Partidário, “zero vírgula quase nada”, segundo definição da própria Marina.

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