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Senado aprova e Glenn Greenwald será ouvido sobre mensagens vazadas

Jornalista foi convidado a explicar vazamentos envolvendo Sergio Moro e Deltan Dallagnol. Audiência está marcada para 1º de julho

atualizado

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Fernando Frazão/Agência Brasil
Glenn Greenwald
1 de 1 Glenn Greenwald - Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O Conselho de Comunicação Social (CCS) do Senado aprovou um convite para que o jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept, compareça em uma audiência, no dia 1º de julho, para explicar as mensagens vazadas envolvendo o ex-juiz da Lava Jato, Sergio Moro, e o coordenador da força-tarefa, Deltan Dallagnol.

Além de Greenwald, o conselho convidou Claudio Dantas, do site O Antagonista; Daniel Bramatti, da Associação Brasileira de Jornalismo (Abraji); Maria José Braga, da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj); e Carlos Ayres Britto, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

Entenda
O site The Intercept publicou mensagens no domingo (09/06/2019) que mostram a suposta interferência do então juiz da Operação Lava Jato e atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, nas investigações da força-tarefa.

Moro e Dallagnol teriam trocado colaborações durante as investigações. A publicação afirma ter uma série de mensagens privadas, gravações em áudio, vídeos, fotos e documentos judiciais.

Em conversas entre Moro e Dallagnol, o magistrado teria sugerido ao procurador que trocasse ordem de fases da Lava Jato, cobrado agilidade em novas operações, dado conselhos estratégicos e pistas informais de investigação, recomendado recursos ao Ministério Público e estimulado que os procuradores fizessem uma nota para salientar contradições do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no primeiro depoimento a Moro.

Na Câmara

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados analisa nesta terça-feira (18/06/2019) requerimento de convite a Glenn Greenwald, para prestar esclarecimento sobre a série de reportagens relevando o conluio entre ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sergio Moro, e procuradores da Operação Lava Jato.

“Juiz e acusação combinavam estratégias, trocavam informações dos bastidores dos processos e anunciavam decisões antes de serem julgadas. A vinda de Greenwald à comissão poderá dirimir qualquer dúvida sobre o conteúdo das denúncias que mostra uma grave violação dos princípios do devido processo legal”, declara o vice-presidente da comissão, Túlio Gadêlha (PDT-PE).

O requerimento foi protocolado por Gadêlha, Camilo Capiberibe (PSB-AP), Márcio Jerry (PCdoB-MA) e Carlos Veras (PT-PE). Greenwald, além de jornalista, é escritor e advogado. Vencedor dos prêmios Pulitzer e Esso por revelar, à época no The Guardian, a existência dos programas secretos de vigilância global praticado pelos Estados Unidos.

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