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Porta-voz: governo descarta boicote a produtos agrícolas no exterior

Ministros da Agricultura e do Meio Ambiente trabalham para tentar amenizar repercussão negativa dos dados sobre desmatamento da Amazônia

atualizado

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Alan Santos/PR
17/05/2019 Briefing do Porta-voz da Presidência da República,
1 de 1 17/05/2019 Briefing do Porta-voz da Presidência da República, - Foto: Alan Santos/PR

Ao ser questionado pela imprensa nesta terça-feira (07/08/2019), o porta-voz da Presidência da República, Otávio do Rêgo Barros, afirmou que o governo federal não trabalha com a hipótese de haver boicote a produtos do setor agropecuário brasileiro no mercado internacional, mesmo após a repercussão negativa de dados sobre o desmatamento da Amazônia. “Nós não temos expectativas nesse sentido”, respondeu.

De acordo com Rêgo Barros, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, estão trabalhando em conjunto para tentar isolar as negociações comerciais da questão ambiental. 

O porta-voz classificou como “visões estereotipadas e pontuais” as informações sobre o desmatamento com base em dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). No fim do mês de julho, o governo convocou uma coletiva de imprensa para dizer que os cálculos eram inexatos, mas não informou novos números

Tanto o presidente Jair Bolsonaro (PSL) quanto Ricardo Salles admitiram que há um aumento no desmatamento da região desde 2012, mas não na proporção divulgada. O dado contestado era o de crescimento de 88% das áreas desmatadas em junho de 2019.

Bolsonaro havia manifestado preocupação com o impacto no mercado exterior. “Como nós temos um potencial grande ainda para entrar no agronegócio, vamos sofrer todo tipo de ataque. A fama do Brasil e a minha é péssima lá fora, tendo em vista rótulos que foram colocados em mim”, disse, na época.

As controvérsias relacionadas ao tema culminaram na demissão do ex-diretor do Inpe Ricardo Galvão.

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