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Moro defende Bolsonaro sobre denúncia: “Foi a campanha mais barata”

O ministro da Justiça disse que o Ministério Público de Minas Gerais e a PF não viram nada contra o presidente nas investigações de caixa 2

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Solenidade de Lançamento do Projeto em Frente Brasil
1 de 1 Solenidade de Lançamento do Projeto em Frente Brasil - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, saiu em defesa do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), neste domingo (06/10/2019). No Twitter, o ex-juiz escreveu que o atual mandatário do país fez “a campanha presidencial mais barata da história” e disse que o titular do Planalto não tem ligação alguma com as candidaturas laranjas do PSL em Minas Gerais e com os escândalos envolvendo o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, que está sendo investigados pelo Ministério Público do estado.

“O PR @jairbolsonaro fez a campanha presidencial mais barata da história. Manchete da Folha de São Paulo de hoje não reflete a realidade. Nem o delegado, nem o Ministério Público, que atuam com independência, viram algo contra o PR neste inquérito de Minas. Estes são os fatos”, postou. Bolsonaro compartilhou o tweet em seu perfil na mesma rede social.

Nesta manhã, o jornal Folha de S. Paulo revelou que um depoimento concedido à Polícia Federal, somado a uma planilha apreendida em gráfica, como parte das investigações, sugerem que dinheiro do esquema foi desviado para abastecer, por caixa 2, às campanhas do presidente Jair Bolsonaro e do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, ambos nos quadros do partido.

Em esclarecimentos à PF, Haissander Souza de Paula, assessor parlamentar de Álvaro Antônio à época e coordenador da campanha do mineiro a deputado federal no Vale do Rio Doce (MG), disse achar que “parte dos valores depositados para as campanhas femininas, na verdade, foi usada para pagar material de campanha de Marcelo Álvaro Antônio e de Jair Bolsonaro”.

Além disso, as apurações revelaram também uma planilha, nomeada “MarceloAlvaro.xlsx”, na qual há referência ao fornecimento de material eleitoral para a campanha do atual mandatário do país com a expressão “out”, o que, na compreensão de investigadores, significa pagamento “por fora”.

s materiais foram apreendidos no âmbito das diligências sobre candidaturas laranjas nas eleições de 2018 no PSL, sigla do presidente. O esquema teria destinado para outros fins recursos que, por lei, deveriam ser aplicados em candidaturas femininas da legenda.

Ao jornal, a defesa do ministro pontuou que, até o momento, as investigações não apontaram nenhum ato ilegal do titular do Turismo. O Palácio do Planalto não quis comentar o assunto.

Marcelo Álvaro Antônio foi indiciado pela Polícia Federal por suspeita de crimes como falsidade ideológica eleitoral, apropriação indébita de recurso eleitoral e associação criminosa na última sexta-feira (04/10/2019). O político mineiro é acusado de envolvimento no esquema de laranjas do PSL, no decorrer das disputas eleitorais do ano passado.

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