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Macron rebate Bolsonaro: “Não é lobby, queremos ajudar a Amazônia”

Presidente francês não assistiu ao discurso do mandatário brasileiro na abertura da Assembleia Geral da ONU: “Estava em uma correria”

atualizado

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JASON DECROW/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
O presidente da França, Emmanuel Macron, discursa na Cúpula de Ação Climática na Assembleia Geral das Nações Unidas, na sede da ONU, em Nova York, nos Estados Unidos, nesta segunda-feira, 23.
1 de 1 O presidente da França, Emmanuel Macron, discursa na Cúpula de Ação Climática na Assembleia Geral das Nações Unidas, na sede da ONU, em Nova York, nos Estados Unidos, nesta segunda-feira, 23. - Foto: JASON DECROW/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O presidente da França, Emmanuel Macron, não assistiu ao discurso do chefe de Estado brasileiro, Jair Bolsonaro, na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), mas rebateu um dos argumentos do mandatário da República. Cerca de 30 minutos após o discurso, questionado pelo Estadão sobre a fala de Bolsonaro, Macron disse que não se trata de interesse econômico na floresta e sim de um olhar para o futuro da região, que é “um bem comum”.

“Eu estava em uma correria e não vi o discurso”, disse Macron. Diante da informação de que Bolsonaro afirmou que há interesse colonialista e de exploração da riqueza da região por parte dos que criticam o governo brasileiro, o francês respondeu:

“Eu acho que todos nós só queremos ajudar as pessoas da Amazônia. (…) Temos muitas pessoas envolvidas no (debate sobre) futuro da Amazônia e acho que o que queremos fazer é ajudar as pessoas, com completo respeito pela soberania, ajudando o povo. Não é questão de lobby ou interesse, os lobbies são para destruir a floresta para seus próprios interesses. O que nós queremos fazer é ajudar pessoas para elas mesmas e para o futuro da Amazônia, porque é um bem comum.”

Enquanto Bolsonaro saía do plenário da solenidade após assistir ao discurso do presidente americano, Donald Trump, o francês se reuniu no corredor da ONU com o governador do Amapá, Waldez Góes (PDT). Não há previsão de encontro bilateral entre o governo federal brasileiro e a comitiva francesa.

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