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Lula é o rei da vaquinha virtual, com 49% da arrecadação

Oito pré-candidatos à Presidência somam R$ 741 mil em doações. Petista e João Amoêdo (Novo) lideram financiamentos coletivos

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Luiz Inácio Lula da Silva durante evento do PT em Brasília. – Brasília(DF), 24/04/2017
1 de 1 Luiz Inácio Lula da Silva durante evento do PT em Brasília. – Brasília(DF), 24/04/2017 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Preso há cerca de dois meses, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concentra quase a metade do dinheiro arrecadado em vaquinhas virtuais para a corrida ao Palácio do Planalto. Até a tarde dessa sexta-feira (29/6), oito pré-candidatos à Presidência da República somavam R$ 741.591,66 em financiamentos coletivos. Lula acumulava R$ 364.105,01 em doações (49% do total).

De acordo com a equipe do ex-presidente, foram 3.930 contribuições desde 6 de junho, data do lançamento de sua plataforma. O valor médio das doações ao petista é de R$ 92,64.

A arrecadação para Lula ainda está longe do desempenho da vaquinha virtual promovida pelo ex-ministro José Dirceu em 2014. Naquele ano, ele arrecadou R$ 1.083.694,38 em 10 dias a fim de pagar multa de R$ 971 mil que lhe fora imposta pelo Supremo Tribunal Federal por sua participação no esquema do Mensalão do PT. Foram 3.972 doações diferentes (média de R$ 272,83 por doador).

A segunda maior vaquinha virtual para a eleição presidencial deste ano é de João Amoêdo (Novo): R$ 255.229 (34% do total). De acordo com o site usado por ele para a arrecadação, foram 1.982 doações.

Lula e Amoêdo são seguidos, ainda ao longe, por Ciro Gomes (PDT). Ele lançou sua plataforma de financiamento coletivo em 8 de junho, portanto, dois dias após Lula. De lá para cá, arrecadou R$ 41.948 de colaboradores.

Manuela D’Ávila (PCdoB) soma R$ 40.034,65 em doações. O objetivo é chegar a R$ 150 mil. As quantias enviadas a Manuela são destinadas a uma conta do PCdoB. Os partidos têm permissão de arrecadar verbas que podem ser utilizadas em campanhas em qualquer período do ano.

Guilherme Boulos (PSol) soma R$ 21.200 em doações. O senador e pré-candidato do Podemos, Alvaro Dias, R$ 17.165. João Goulart Filho, do PPL, acumula R$ 1.650.

A vaquinha virtual mais humilde é a de Valéria Monteiro, pré-candidata do PMN à Presidência. Até esta sexta (29), foram apenas R$ 260, doados por seis pessoas diferentes.

Regras 
Por determinação do Tribunal Superior Eleitoral, cada pré-candidato deve criar um CNPJ e uma conta bancária em seu nome para depositar o dinheiro doado. As empresas contratadas para a vaquinha devem estar cadastradas no tribunal.

Se um pré-candidato desistir de concorrer ao Planalto, ele deve devolver as quantias arrecadadas aos doadores. Os valores possíveis para as contribuições variam de acordo com cada campanha, mas o limite diário por pessoa física é de R$ 1.064.

Outras vaquinhas virtuais, segundo as assessorias dos políticos, devem ser lançadas após a Copa do Mundo da Rússia. Entre elas, estão as de Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede) e Jair Bolsonaro (PSL).

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