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Ernesto critica Michelle Bachelet: “Está muito mal-informada”

Alta comissária da ONU entrou em uma polêmica com o presidente Jair Bolsonaro (PSL) nesta quarta-feira (04/09/2019)

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Ernesto Araújo
1 de 1 Ernesto Araújo - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, se juntou ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) na polêmica que envolve a alta comissária das Nações Unidas (ONU) para Direitos Humanos Michelle Bachelet. “Qualquer observador atento sabe que o Brasil vive uma democracia plena”, garantiu o ministro.

Mais cedo, a ex-presidente do Chile afirmou que “o espaço democrático no Brasil está encolhendo”. Ao demonstrar preocupação, Bachelet destacou o aumento da violência policial e disse que a apologia à ditadura reforça a sensação de impunidade e que os defensores de direitos humanos estão sob ameaça.

“Está muito mal-informada”, escreveu Ernesto Araújo nesta quarta-feira (04/09/2019), em rede social, após destacar as críticas da alta comissária. “Qualquer observador atento sabe que o Brasil vive uma democracia plena e que os brasileiros hoje se engajam na política como nunca antes”, prosseguiu.

Em seguida, Ernesto Araújo insinuou que Bachelet está, na verdade, preocupada com o encolhimento “da esquerda” no país. Segundo o ministro, “o espaço da liberdade, do desenvolvimento e da segurança está aumentado”. O titular das Relações Exteriores também se posicionou contra as críticas do presidente francês, Emmanuel Macron, feitas nas últimas semanas.

“O que está encolhendo é o espaço da esquerda. Talvez seja isso o que no fundo a preocupa. Está encolhendo porque cada vez menos brasileiros acreditam numa ideologia que só nos deu corrupção e pobreza. Já o espaço da liberdade, do desenvolvimento e da segurança está aumentando”, defendeu.

“Lembrando que os policiais e agentes da lei, cuja ação a Alta Comissária parece desprezar, são também grandes defensores dos direitos humanos. Arriscam a própria vida para defender a segurança e o direito à vida dos seus concidadãos, o mais fundamental de todos os direitos”, complementou o ministro.

Na manhã desta quarta, Bolsonaro respondeu à ex-presidente chilena com ataques ao pai dela, Alberto Bachelet, morto sob o regime de Pinochet. O chefe do Executivo afirmou que Bachelet “investe contra o Brasil” na agenda de direitos humanos ao se intrometer na “soberania brasileira”, assim como Emmanuel Macron.

“Diz ainda que o Brasil perde espaço democrático, mas se esquece que seu país só não é uma Cuba graças aos que tiveram a coragem de dar um basta à esquerda em 1973, entre esses comunistas o seu pai brigadeiro à época”, afirmou o presidente brasileiro, também nas redes sociais.

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