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“Confio muito no governo que vem aí”, afirma Michel Temer

Em homenagem, presidente diz que seu sucessor, Jair Bolsonaro (PSL), deverá seguir “mesma linha” da atual gestão federal

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Sessão do Congresso Nacional em comemoração aos 30 anos da Constituição  Brasília(DF), 06/11/2018
1 de 1 Sessão do Congresso Nacional em comemoração aos 30 anos da Constituição Brasília(DF), 06/11/2018 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

 

A pouco mais de duas semanas de passar a faixa presidencial para Jair Bolsonaro, o presidente da República, Michel Temer, destacou seu otimismo com o próximo governo. Durante evento em que foi homenageado na capital paulista, nesta quinta-feira (13/11), o emedebista disse ter convicção de que o presidente eleito fará a reforma da Previdência e uma simplificação do sistema tributário, medidas que Temer não conseguiu aprovar em sua gestão.

Confio muito no governo que vem aí, alicerçado, amparado, ancorado pela vontade popular. Tenho absoluta convicção de que o presidente eleito Bolsonaro seguirá na mesma trilha, claro, fará, quem sabe, inovações das mais variadas, mas sempre visando ao bem comum, ao bem do país

Michel Temer, sobre expectativas para a gestão Bolsonaro

Temer citou duas vezes em seu discurso que o país, sob a gestão de Bolsonaro, vai continuar na mesma “trilha” que seu governo estabeleceu. Para Temer, Bolsonaro terá sucesso com a reforma da Previdência logo no primeiro semestre de governo. Ele enfatizou a necessidade da medida e citou até a proposta de capitalizar o sistema de aposentadoria no país, como cogita a equipe econômica do futuro presidente.

Sem citar o nome do peesselista, mas falando das realizações ao longo dos últimos dois anos e meio, Michel Temer afirmou que um presidente precisa ter serenidade, tranquilidade e “estar um pouco acima dos acontecimentos”. Nesta sexta-feira (14), Temer e Bolsonaro deverão participar juntos do lançamento do submarino Riachuelo, em Itaguaí (RJ).

Homenagem
Temer foi homenageado pelo Fórum das Américas, grupo fundado pelo empresário Mario Garnero, em São Paulo. Na ocasião, o emedebista recebeu uma medalha de “honra ao mérito” na categoria Gestão Pública. A homenagem foi realizada em um buffet na região central da capital paulista.

Temer entrou no local da cerimônia sorrindo e de braços dados com o empresário Agostinho Turbian. Antes de falar, ouviu um discurso elaborado do empresário Roberto Chap Chap, para quem o emedebista “foi crucificado, mas não houve quem pudesse sepultá-lo”.

Segundo o empresário, a sociedade só reconhecerá que Temer mudou o país no futuro. Ele também fez ressalvas a duas medidas mal recebidas pela população: o reajuste salarial a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), aprovado pelo Congresso, e o indulto natalino que incluiu condenados por corrupção.

“Sabemos que tudo tem uma razão de ser, mas é difícil para a maioria de nós, desconhecedores dos labirintos do poder, entender os reais motivos, quem sabe tenhamos hoje a oportunidade de algum esclarecimento”, disse Chap Chap. Ele acrescentou que, “por pouco”, Temer não conseguiu aprovar uma reforma da Previdência, como queria. Se o emedebista deixa o governo com índices históricos de rejeição, a história o deixará registrado como “o presidente mais reformista dos últimos tempos”, enfatizou o empresário.

Fica, Temer
Ex-presidente do Secovi-SP, Chap Chap apelou a Temer que sancione o projeto de lei que regulamenta o chamado “distrato imobiliário”, aprovado no Congresso. Pela proposta, clientes que desistirem da compra de um imóvel negociado na planta terão de pagar até 50% do valor já dado à construtora como multa para desfazer o negócio.

O empresário José Roberto Maluf também elogiou o presidente. “O governo Temer reconstruiu o país e será lembrado por isso”, disse, defendendo a adoção das propostas do governo Temer pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro, como a reforma da Previdência e uma simplificação tributária.

Do presidente da União dos Vereadores do Estado de São Paulo, Sebastião Misiara, o emedebista ouviu “fica, Temer”. Ele disse que a escolha de membros do atual governo na equipe do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, e do governador eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), é o atestado de capacidade da administração. “Os brasileiros que têm olhos para ver haverão de reconhecer no futuro, porque a história faz justiça e fará justiça à Vossa Excelência.”

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