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Bolsonaro sobre queimadas: “Não tem por que todo esse alvoroço”

Em entrevista à TV Aparecida, o presidente repetiu sua intenção de estimular atividades como o garimpo na Amazônia

atualizado

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Fotos JP Rodrigues / Metrópoles
Jair Bolsonaro
1 de 1 Jair Bolsonaro - Foto: Fotos JP Rodrigues / Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse, em entrevista à TV Aparecida, que não há necessidade de “alvoroço” em relação aos incêndios na Amazônia. Segundo o mandatário da República, o país vem apresentando um dos mais baixos índices de queimadas na área.

“Quanto aos focos de incêndio naquele região, nós estamos em uma das menores médias dos últimos 15 anos. Não tem por que todo esse alvoroço”, reclamou o chefe do Executivo nacional, que foi criticado no Brasil e no exterior devido à condução da política ambiental e do tratamento reservado à Amazônia.

Bolsonaro disse que não permitirá, em seu governo, que alguns países transformem a Amazônia em um “parque ecológico para o mundo”. Segundo o titular do Palácio do Planalto, os “países de primeiro mundo” estão “de olho no índio, na floresta e nas riquezas mineiras da região”.

“Alguns querem que nós demarquemos a Amazônia toda como um grande parque ecológico para o mundo. Isso não vai ser feito no que depender do meu governo. É buscar maneiras, como estamos fazendo, de desenvolver a região respeitando o meio ambiente”, frisou na entrevista, concedida no sábado (12/10/2019).

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), contestados pelo governo, mostram que o desmatamento na Amazônia cresceu 96% em setembro de 2019 na comparação com o mesmo mês de 2018. De acordo com o levantamento, foram destruídos 1.447 km² de floresta.

Segundo Bolsonaro, seu governo tem feito o possível para resolver o problema das queimadas e que parte da solução passa por dar o título de propriedade para muitas pessoas que moram na floresta.

“Aquela região, desde há muito, tem problemas com queimadas. Só pelo seu tamanho é impossível tomar conta de tudo aquilo, mas fazemos nossa parte”, destacou.

“Quando nós dermos o título de propriedade para muita gente que não tem naquela região, ao identificarmos qualquer anormalidade, saber quem é o responsável. Alguns países do mundo têm aquilo como área sua. E qualquer problema que tenha em especial no meu governo, que não é de esquerda, que era tão elogiada por eles, nos atacam.”

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