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Bolsonaro defende guru econômico em entrevista: “O Paulo segue firme”

Na primeira conversa pós-atentado, à Folha, candidato disse que “barra foi pesada” e não volta à campanha de rua. Também criticou Alckmin

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1 de 1 bolsonaro esfaqueado - Foto: Reprodução

Na primeira entrevista que concedeu desde o atentado sofrido a faca no dia 6, o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) defendeu seu guru econômico, Paulo Guedes, que criou polêmica ao defender uma espécie de CPMF (o chamado imposto do cheque) em palestra.

“O Paulo segue firme”, disse Bolsonaro ao jornal Folha de S.Paulo nesta sexta-feira (21/9), sobre boatos de que o economista poderia se afastar da campanha após cancelar uma série de eventos onde falaria sobre seus planos para a área econômica. Chamado de “posto Ipiranga” de Bolsonaro para a área, o economista já foi anunciado como ministro da Fazenda em caso de vitória do atual líder da corrida ao Planalto.

Segundo o candidato, Guedes nunca defendeu a volta da CPMF, cuja vigência foi de 1997 a 2007. “Isso é uma distorção. Ele apenas está estudando alternativas. Tudo terá de passar pelo meu crivo”, afirmou.

Bolsonaro falou por breves quatro minutos ao telefone de seu quarto no hospital paulista Albert Einstein, onde se recupera de duas cirurgias. “Foi barra pesada. Eu quase morri, estou aqui por um milagre. Mas estou bem, meu bom humor voltou”, disse.

Ele tentou minimizar o mal-estar criado pela fala de Guedes. “Olha, ele não tem experiência política. O cara dá uma palestra de uma hora, fala uma coisa por segundos e a imprensa cai de porrada nele”, disse, em referência à simplificação tributária e de alíquota única de 20% do Imposto de Renda para quem ganha mais de cinco salários mínimos, feita em uma palestra de investidores.

“Se ele usa a palavra IVA (Imposto de Valor Agregado) e não CPMF, não tem confusão nenhuma. Parece uma boa ideia, vamos estudar. A alíquota única do IR para quem ganha mais é uma boa ideia”, afirmou ele. Sua voz, muito debilitada no vídeo divulgado por seu filho Eduardo no domingo (16), estava praticamente normal, apenas um pouco rouca, segundo a Folha.

Guedes conversou nesta sexta (21) com Bolsonaro por telefone e irá visitá-lo no Einstein neste sábado (22).

“Covardia do Alckmin”
Questionado, o presidenciável acabou não comentando a outra polêmica da semana: o movimento para tutelar as falas e a presença do seu vice, o general Hamilton Mourão (PRTB). Na segunda, ele havia sugerido que lares pobres “sem pai e avô” são “fábricas de desajustados” para o narcotráfico.

Até aqui, o deputado só havia se manifestado por meio de vídeos gravados. “Eu cumpro rigorosamente as ordens médicas. É impossível eu ir para a rua ou participar de debates antes do primeiro turno. Vou fazer participações pela internet”, disse.

Seus filhos tocam a campanha em sua ausência e já haviam levantado publicamente a hipótese de Bolsonaro participar do último debate televisivo antes do pleito, no dia 4 de outubro, na Rede Globo. “Acho que terei alta nos próximos dias, mas continuo com muito antibiótico”, afirmou.

Ele se queixou bastante da campanha do PSDB, por bater duro em sua imagem na propaganda eleitoral gratuita. “Vejo com muita tristeza o Geraldo Alckmin, uma pessoa em quem eu já votei. Ele pegou pesado. Eu não esperava isso dele, mas a verdade é que ele não é diferente do PT”, disse.

“Eu não tenho tempo para rebater esse festival de baixaria. Podia perguntar da merenda, da obra do Rodoanel, da Odebrecht”, disse, elencando denúncias contra a gestão do tucano, ex-governador de São Paulo. “É covardia do Alckmin”, encerrou.

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