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Após renúncia, OEA defende novas eleições na Bolívia com urgência

Ex-presidente Evo Morales deixou o cargo nesse domingo (10/11/2019) e acusou a oposição de promover golpe de Estado

atualizado

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Governo da Colômbia/Divulgação
Evo Morales
1 de 1 Evo Morales - Foto: Governo da Colômbia/Divulgação

A Secretaria-Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) informou, em nota divulgada à imprensa nesta segunda-feira (11/11/2019), que rejeita qualquer “saída inconstitucional” da atual crise política na Bolívia. No poder desde 2006, Evo Morales renunciou ao cargo de presidente no início da noite desse domingo (10/11/2019) e acusa a oposição de golpe de Estado. 

“Diante da crise política e institucional da Bolívia, a Secretaria-Geral da OEA pede pacificação e respeito ao Estado de Direito”, afirma. Em seguida, solicita “com urgência” que a Assembléia Legislativa da Bolívia se reúna para “garantir o funcionamento institucional” e “nomear novas autoridades eleitorais que garantam um novo processo eleitoral”.

O Congresso deve se reunir nesta terça-feira (12/11/2019) para iniciar uma série de discussões sobre o futuro do país. Enquanto isso, o clima nas ruas é de tensão, com registros de confusões em vários pontos da Bolívia e diversas denúncias de violações aos direitos humanos. Evo, por exemplo, denunciou “ordens ilegais” para prendê-lo. 

Por fim, a OEA destaca a importância das investigações sobre as possíveis fraudes eleitorais. No último mês, o ex-presidente Evo Morales ganhou o quarto mandato seguido após uma suspeita sobre a contagem de votos. A ex-presidente do Tribunal Superior Eleitoral da Bolívia, Maria Eugenia Choque, foi presa nesse domingo.

“Da mesma forma, é importante que a justiça continue investigando as responsabilidades existentes em relação à prática de crimes relacionados ao processo eleitoral realizado em 20 de outubro, até às últimas consequências”, finaliza a nota da OEA. 

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