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Polícia Federal apreende papéis que ligam Temer à Rodrimar

A empresa é alvo de buscas da Operação Skala, deflagrada nessa quinta-feira (29/3) por ordem do ministro do STF Luís Roberto Barroso

atualizado

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1 de 1 temer-mandando-840×577 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A Polícia Federal apreendeu, na sede da Rodrimar, papéis que fazem referência ao presidente Michel Temer (MDB) e à Argeplan, grupo controlado pelo coronel da reserva da PM José Baptista Lima Filho, amigo do emedebista. A empresa foi alvo de buscas da Operação Skala, deflagrada nessa quinta-feira (29/3) por ordem do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A Skala investiga supostos benefícios à Rodrimar no que diz respeito à edição do decreto voltado ao setor portuário. O nome do chefe do Executivo nacional é um dos mencionados no inquérito.

A equipe da PF, chefiada pelo delegado Fábio Seiji Tamura, cumpriu o mandado número 15 do ministro Barroso. Os agentes vasculharam quatro andares – 3º, 4º, 5º e 8º – da sede da Rodrimar, localizada na Rua General Câmara, 129/141, Centro de Santos.

No relatório anexado aos autos, os integrantes da operação descreveram o material apreendido na Rodrimar. O item número 7 se refere ao grupo controlado pelo coronel Lima. “Uma folha de papel contendo relação de empresas, entre elas, a Argeplan Arquitetura e Engenharia LTDA, encontrada no setor jurídico”, relatou a PF.

O presidente da República é citado no item 20. “Uma folha de papel contendo o nome de várias empresas e pessoas físicas, incluindo Michel Temer, encontrada na sala do gerente Willy Maxell, no quinto andar.”

Emblemático
Ligado a Temer desde os anos 1980 e 1990, quando o presidente exerceu o cargo de secretário da Segurança Pública de São Paulo, coronel Lima é um nome emblemático da operação.

Ao autorizar a Skala, o ministro Luís Roberto Barroso registrou que, segundo a Polícia Federal, a empresa Argeplan “tem se capitalizado” com verbas de empresas interessadas na edição do Decreto dos Portos e distribuído tais recursos para os demais investigados.

De acordo com o magistrado, a PF chegou a essa constatação depois de apreciar os documentos colhidos no Inquérito dos Portos, do qual é relator. E também por meio dos autos de outra diligência que já tramitou no STF sobre o setor portuário e hoje se encontra arquivada. Temer foi investigado nesse último caso.

 

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