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Polícia do Paraná identifica autor da 1ª ameaça a diretores da Anvisa

Em nota enviada à imprensa, a PCPR informou que um dos autores foi ouvido na última quarta-feira (4/11). Ele diz estar “arrependido”

atualizado

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Anvisa/Divulgação
Anvisa
1 de 1 Anvisa - Foto: Anvisa/Divulgação

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) informou, nesta sexta-feira (5/11), ter identificado um dos responsáveis por enviar três ameaças de morte aos cinco diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A informação foi divulgada no mesmo dia em que a Polícia Federal (PF) instaurou inquérito para investigar os crimes. De acordo com o presidente da agência, Antonio Barra-Torres, foram enviadas três ameaças. Duas delas seriam do mesmo autor.

Em mensagens enviadas por e-mail, os criminosos exigiram que a agência rejeite a vacinação de crianças de 5 a 11 anos de idade contra a Covid-19 e fizeram ameaças de morte aos membros do órgão.

PF abre inquérito para apurar ameaças aos diretores da Anvisa

Em nota enviada à imprensa, a PCPR informou que um dos autores foi ouvido na última quarta-feira (4/11). Ele relatou estar “arrependido” de ter enviado as mensagens em tom de ameaça.

“PCPR identificou o homem que ameaçou autoridades do estado do Paraná e da Anvisa. Ele foi ouvido em declaração pela PCPR, na quinta-feira (4), sendo que relatou estar arrependido de ter feito as ameaças. Investigações prosseguem”, divulgou a corporação.

Não existe, até o momento, nenhum pedido de análise de imunizantes para o público de 5 a 11 anos de idade em andamento na agência. Para que a Anvisa faça a avaliação, é necessário que o laboratório fabricante da vacina envie uma solicitação.

Investigação

Em entrevista ao programa Conexão, da GloboNews, nesta sexta-feira, Antonio Barra Torres afirmou que a Anvisa enviou ofícios de notificação da ameaça ao Senado Federal, à Câmara dos Deputados, ao Supremo Tribunal Federal e à Presidência da República.

Também foram notificados a Procuradoria-Geral da República, os ministérios da Justiça, Saúde e Casa Civil, a Polícia Federal e a Secretaria de Segurança Pública do DF. O diretor da agência explicou que, além da PF, apenas a Presidência da República respondeu ao ofício.

“O único órgão que nos respondeu oficialmente foi a Presidência da Republica, dando conta que havia encaminhado a notificação ao Ministério da Saúde. Comunicações oficiais e respostas aos nossos ofícios foram somente da Presidência da República”, ressaltou.

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De acordo com Barra Torres, os investigadores já têm nome completo e CPF dos autores do crime. Ele disse esperar que a Polícia Federal aponte as motivações que levaram essas pessoas a fazerem as ameaças à Anvisa.

“Tenho certeza absoluta de que os órgãos de apuração da PF terão a plena condição de trazer à luz, à lente, a identidade dessas pessoas”, pontuou.

Barra Torres frisou ainda que as ameaças partiram de grupos antivacina. “Obviamente são fontes criminosas ligadas ao pensamento antivacina. São pessoas que, como eu e você, estão vivas hoje porque lá na nossa infância, pai, mãe, responsável nos levou pela mão para sermos vacinados. Mas parece que essas pessoas esqueceram isso e agora militam nesse esforço antivacina”, disse.

O diretor-presidente afirmou que solicitou proteção policial para membros da diretoria colegiada, instalações da Anvisa em Brasília e demais servidores da agência.

Vacina da Pfizer

Dois dias após a Pfizer informar que pedirá autorização à Anvisa para o uso da vacina contra Covid-19 em crianças com idades entre 5 e 11 anos, os cinco diretores da agência responsáveis pela área receberam ameaças de morte.

Além dos diretores, constam como alvo das citadas ameaças instituições de ensino do estado do Paraná.

A decisão da Pfizer de pedir a autorização da Anvisa foi anunciada depois de a farmacêutica ter conseguido parecer favorável da agência Food and Drug Administration (FDA) para o uso do imunizante nessa faixa etária nos Estados Unidos.

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