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Policiais no Rio estão sendo mortos como galinhas, diz Pezão

declaração foi dada durante reunião com líderes comunitários e moradores da Rocinha: em 2017, 134 PMs morreram vítimas de homicídio

atualizado

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JOSE LUCENA/FUTURA
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1 de 1 militares-ocupam-Rocinha - Foto: JOSE LUCENA/FUTURA

Policiais no Rio de Janeiro estão sendo mortos “como galinhas”, afirmou nesta segunda-feira (29/11), o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (MDB), no Palácio Guanabara. A declaração foi dada durante reunião com líderes comunitários e moradores da Rocinha. O emedebista lembrou que no ano passado 134 policiais foram assassinados, afirmou que as favelas são dominadas por fuzis e responsabilizou usuários por alimentar o comércio ilegal de drogas.

“Uma série de pessoas fica questionando (a política de segurança) no asfalto, mas alimenta o tráfico de drogas. Isso é uma grande vergonha. Se tem guerra pelo comando é porque tem consumidor e dá dinheiro. (As favelas) São territórios dominados por fuzis. Eu quero que vocês me ajudem também, me deem o caminho”, disse aos moradores da Rocinha, cenário de confrontos armados pelo controle do tráfico desde setembro do ano passado. As lideranças da região foram ao encontro para reclamar da situação da comunidade.

Eu não quero botar Polícia lá trocando tiro o tempo inteiro. Eu só quero policial morto? No Rio ano passado foram 134, isso não é normal. Se mata (sic) Polícia aqui como se mata galinha. Isso não é normal

Pezão, governador do Rio de Janeiro

O chefe do Executivo carioca se comprometeu a debater formas de policiamento com a Secretaria de Segurança e se reunir novamente com os líderes comunitários daqui a 15 dias. Também reclamou do que considerou falta de policiamento nas estradas federais que cortam o Estado

“Infelizmente o Rio é uma peneira porque é cercado de rodovias federais. Eu não posso patrulhar as rodovias e a Baía de Guanabara, e isso foi dando aqui dentro do Rio um verdadeiro arsenal. Não é normal ter numa comunidade 200 fuzis, na outra 300 fuzis, não dá”, declarou. “Nós temos que fazer uma grande campanha pelo desarmamento”, afirmou o emedebista.

Prisão e troca de tiros
Um homem acusado de participar da mais recente tentativa de invasão à favela da Rocinha, em 17 de setembro do ano passado, foi preso nesta segunda-feira enquanto trafegava por Ipanema, na mesma região, em um mototáxi. Lohan de Andrade Lima, conhecido como LH, seria comparsa de Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, que liderava o tráfico na comunidade e foi atacado pelo grupo liderado por Antonio Bonfim Lopes, o Nem.

Lima passava pela rua Barão da Torre na garupa de um mototáxi quando, na esquina com a Rua Farme de Amoedo, acabou parado por policiais militares. Eles faziam uma blitz e suspeitaram da dupla. Ao levar os suspeitos à 14ª Delegacia de Polícia (Leblon), os agentes constataram que Lima tinha mandados de prisão em aberto por homicídio, tortura e tráfico de drogas. Ele não resistiu à prisão.

Ainda nesta manhã, na Cidade de Deus (zona oeste), um homem foi baleado durante troca de tiros entre policiais militares e criminosos. Ele sobreviveu e está internado no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca (também na zona oeste) – até a publicação desta matéria não havia informações sobre seu estado de saúde. Nenhum PM se feriu e ninguém foi preso em decorrência do tiroteio. Uma pistola foi apreendida.

No Morro da Providência, no centro do Rio, também houve tiroteio pela manhã. Segundo a PM, policiais da UPP local foram recebidos a tiros enquanto patrulhavam uma região conhecida como Pedra Lisa. Ninguém se feriu nem foi preso. Por medida de segurança, a linha 2 do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) não circulou entre 9h35 e 10h.

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