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Operação Escuridão combate desvio de recursos públicos em Roraima

PF desarticula organização criminosa envolvida em irregularidades no sistema penitenciário do estado. Prejuízo calculado é de R$ 70 milhões

atualizado

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ANTÔNIO MORE/AG. DE NOTÍCIAS GAZETA DO POVO/agência estado
Empreiteiro é ‘efetivo mandante’ de propinas na Petrobras, diz Lava Jato
1 de 1 Empreiteiro é ‘efetivo mandante’ de propinas na Petrobras, diz Lava Jato - Foto: ANTÔNIO MORE/AG. DE NOTÍCIAS GAZETA DO POVO/agência estado

Com apoio do Ministério Público de Roraima, a Polícia Federal deflagrou hoje (29) a Operação Escuridão, para desarticular organização criminosa envolvida em desvios de recursos públicos do sistema penitenciário do estado, calculado em R$ 70 milhões, no período de 2015 e 2018.

São investigados políticos e servidores. Os policiais federais cumprem 11 mandados de prisão preventiva e 20 de busca e apreensão em Boa Vista, capital de Roraima, e Brasília. Os mandados foram expedidos pelo Tribunal de Justiça do Estado de Roraima.

Instaurado no ano passado, o inquérito policial foi precedido por investigações de supostas irregularidades em contratos de fornecimento de alimentação para presídios em Roraima. Segundo as apurações, o esquema começou em 2015, com a contratação emergencial de uma empresa constituída há apenas oito dias para cuidar da alimentação dos presos no estado.

Detalhes 
As investigações mostram que a empresa, responsável pelos fornecimentos desde 26 de fevereiro de 2015 até os dias atuais, mostrando a superfaturamento do valor da alimentação, além de informar quantitativo superior de refeições ao que era efetivamente providenciado e de fornecer alimentos de baixa qualidade.

Os responsáveis pela empresa, que está em nome de laranjas, realizaram saques de aproximadamente 30% do valor dos contratos, em espécie, para o pagamento de propinas e para o enriquecimento ilícito dos reais proprietários do negócio.

Vários saques e repasses foram constatados pela PF por meio de filmagens feitas durante as investigações, que contou também com provas obtidas após representação da autoridade policial pela quebra do sigilo bancário e telefônico dos investigados.

O nome escuridão da ação policial é uma alusão à nona praga bíblica do Egito, que veio após um ataque de gafanhotos.

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