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Neguinho da Beija-Flor: “No Brasil, basta nascer preto para ser suspeito”

Depois da morte do neto, durante troca de tiros entre bandidos e policiais, sambista diz que está deixando o país

atualizado

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TV Globo/Reprodução
Neguinho da Beija-Flor chora no enterro do neto
1 de 1 Neguinho da Beija-Flor chora no enterro do neto - Foto: TV Globo/Reprodução

Após a morte do neto, Gabriel Ribeiro Marcondes, de 20 anos, durante troca de tiros entre criminosos e policiais, o sambista e compositor Neguinho da Beija-Flor anunciou que vai sair do país.

“No Brasil, basta nascer preto para ser suspeito. Por isso, estou metendo o pé do país”, disse o músico, que classificou as operações policiais no Rio de Janeiro como “desastrosas”, segundo o jornal O Globo.

A família de Gabriel Marcondes defende que o jovem estava trabalhando na armação de tendas de um baile funk, em Nova Iguaçu (RJ), na Baixada Fluminense, quando foi atingido em meio ao tiroteio.

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Nessa segunda-feira (19/10), durante enterro do jovem, Neguinho da Beija-Flor afirmou que um de seus filhos, que também trabalha na armação de tenda, deixará de exercer a profissão por causa do incidente.

O caso

A Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMRJ) informou que estava em patrulha quando recebeu, na noite desse sábado (17/10), denúncia sobre evento não autorizado que estaria começando a bloquear via pública.

“Durante deslocamento, os policiais tentaram abordar ocupantes de uma moto na Avenida Henrique Duque Estrada Meyer. Eles fugiram em direção ao evento citado”, informou a corporação, em nota.

No local, que fica na região da Baixada Fluminense, os policiais militares, segundo a nota publicada pela corporação, foram recebidos por disparos de arma de fogo. Os agentes, então, revidaram.

Quatro homens foram encontrados feridos e houve apreensão de uma pistola calibre .9 mm, dois revólveres calibre .38, duas granadas, munição, uma réplica de fuzil, três rádios comunicadores e drogas.

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