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PF prende hacker por vazamento de dados de 223 milhões de brasileiros

Os agentes cumprem cinco mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva em Petrolina (PE) e Uberlândia (MG)

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Policia Federal - PF
1 de 1 Policia Federal - PF - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A Polícia Federal (PF) faz, na manhã desta sexta-feira (19/3), uma operação, batizada de Deepwater, para investigar o vazamento ilegal de dados de brasileiros.

Os agentes cumprem cinco mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva em Petrolina (PE) e Uberlândia (MG). As ordens judiciais foram expedidas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

O hacker Marcos Roberto Correia da Silva, conhecido como Vandathegod, foi preso em Uberlândia. Ele é suspeito de ser o responsável pelo vazamento de dados de 223 milhões de brasileiros. Um outro suspeito foi identificado pela PF.

As investigações apontaram para um vazamento, em janeiro deste ano, de “inúmeros dados sigilosos de pessoas físicas e jurídicas, tais como CPF/CNPJ, nome completo e endereço”. De acordo com a PF, esses dados foram disponibilizados em um fórum na internet especializado em trocas de informações sobre atividades cibernéticas.

“A divulgação de parte dos dados sigilosos foi feita gratuitamente por um usuário do fórum que, ao mesmo tempo, expôs à venda o restante das informações sigilosas que poderiam ser adquiridas por meio do pagamento em criptomoedas”, informou a PF.

A PF identificou o suspeito pela prática dos delitos de obtenção, divulgação e comercialização dos dados, bem como um segundo hacker que estaria vendendo os dados nas redes sociais.

Invasão ao TSE

Marcos Roberto foi preso anteriormente, em outra ação da PF — a Operação Exploit — por suposto ataque hacker ao sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante o primeiro turno das eleições 2020.

O inquérito policial apontou que um grupo de hackers brasileiros e portugueses foi responsável pelos ataques criminosos. Os investigados tiveram acesso e divulgação ilegal de informações de servidores públicos do tribunal eleitoral.

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