Paulo Bernardo diz que revogar privatização dos Correios é prioridade

Governo de Jair Bolsonaro (PL) buscou a privatização dos Correios para conter a crise fiscal no país, agravada pela pandemia da Covid-19

atualizado 18/11/2022 15:06

Reprodução/Agência Brasil

O ex-deputado federal e ex-ministro Paulo Bernardo (PT), um dos quatro nomes indicados para liderar o grupo de Comunicações do Gabinete de Transição, afirmou, nesta sexta-feira (18/11), que a prioridade para o setor no governo Lula é revogar a privatização da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Correios).

O ministro da Economia, Paulo Guedes, apostava nas privatizações de empresas públicas como uma das principais soluções para conter a crise fiscal no país, agravada pela pandemia da Covid-19. O gestor federal alega que algumas dessas empresas são ineficientes e custam caro para o país.

O governo de Jair Bolsonaro (PL) levou a pauta para o Congresso com a justificativa de “sanar as despesas, gerar receitas e vagas de trabalho para o país, e acelerar a economia”.

Revogaço

Flávio Dino (PSB-MA) afirmou, nessa quinta-feira (17/11), que, até 30 de novembro, o grupo de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) definirá as áreas e os decretos atingidos pelo “revogaço”.

“Uma das orientações do ministro Mercadante é de que haja, já em 30 de novembro, a indicação de atos a serem revogados”, adiantou o parlamentar.

Integrante do grupo de transição das Cidades, o deputado federal eleito Guilherme Boulos (PSol-SP) corroborou a fala do ex-governador ao dizer que uma das principais medidas da equipe será minuciosa revisão dos decretos e dispositivos construídos durante o governo de Bolsonaro.

Segundo Boulos, o relatório final do grupo vai incorporar sugestões e ações emergenciais na área de Cidades e, certamente, contará com adaptações. “A modalidade do grupo de Cidades é a formatação do ministério, diagnóstico e eventuais revogações de normas infralegais [decretos e portarias]. Essa é a prioridade, que temos de terminar esse trabalho até o fim do mês”, disse.

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