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Padilha diz que governo espera votos da oposição para o marco fiscal

Ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, faz reuniões de arrumação com partidos da base. Nesta terça, o encontro é com o MDB

atualizado

Igo Estrela/Metrópoles
O ministro Alexandre Padilha

O ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, disse nesta terça-feira (16/5) que o governo considerou o texto do relator Cláudio Cajado (PP-BA) para o novo marco fiscal, que previu mais travas do que a versão original, “equilibrada e calibrada”. Ainda segundo o articulador político do governo Lula, a expectativa é que o novo arcabouço fiscal tenha amplo apoio nesta quarta-feira (17/5), na votação da urgência, e também na próxima semana, quando será votado o mérito, contando inclusive com partidos da oposição.

“O novo marco fiscal não é um debate restrito a governo contra oposição, ele estabelece diálogo com segmentos da oposição e ouvimos de vários líderes opositores a sinalização de votar não só a urgência, mas o mérito”, afirmou Padilha, na tarde desta terça, no Palácio do Planalto.

“O texto foi construído ao longo de todo o dia de ontem e, na liderança do ministro Fernando Haddad, no diálogo com o relator Cajado, chegamos numa proposta que consideramos equilibrada, que reafirma o compromisso com a responsabilidade social e sua combinação com a responsabilidade fiscal”, completou o ministro.

Padilha está coordenando uma série de reuniões com partidos que têm representantes no ministério do governo Lula. A reunião desta terça foi com o MDB, que tem uma bancada de 42 deputados e 10 senadores e lidera três ministérios na Esplanada: o do Planejamento, com Simone Tebet, o das Cidades, com Jader Filho, e o dos Transportes, com Renan Filho.

“O líder do MDB nos disse que a bancada estará em peso, de forma unitária, unida na votação da urgência do marco fiscal e também concordância total no mérito do marco fiscal”, disse Padilha.

Na última semana, o ministro fez reuniões com parlamentares de PSB e PSB. Nesta quarta, deve receber a bancada do PDT.

Com dificuldades para consolidar sua base parlamentar, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) busca uma aproximação com deputados e senadores e cobra os ministros indicados por partidos a participar de um esforço para garantir votos no Parlamento.






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