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No Brics, Lula cita guerra na Ucrânia e pede “pronto cessar-fogo”

Nesta quarta-feira (23/8), ocorreu a reunião de cúpula entre os líderes do Brics, em duas sessões

atualizado

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Ricardo Stuckert
1 de 1 - Foto: Ricardo Stuckert

No segundo dia de reuniões da 15ª Cúpula do Brics, em Joanesburgo, na África do Sul, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu, durante sessão plenária aberta da cúpula, um “pronto cessar-fogo” na guerra da Ucrânia contra a Rússia.

Lula iniciou o discurso falando que os países integrantes do bloco não podem se furtar a tratar “o principal conflito da atualidade”, a guerra, que, segundo o presidente, “tem efeitos globais”. O grupo é formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

“O Brasil tem uma posição histórica de defesa da soberania, da integridade territorial e de todos os propósitos e princípios das Nações Unidas. Achamos positivo que um número crescente de países, entre eles os do Brics, também esteja engajado em contatos diretos com Moscou e Kiev”, ressaltou o presidente.

“Não subestimamos as dificuldades para alcançar a paz. Tampouco podemos ficar indiferentes às mortes e à destruição que aumentam a cada dia. Estamos prontos a nos juntar a um esforço que possa efetivamente contribuir para um pronto cessar-fogo e uma paz justa e duradoura”, destacou Lula.

Novamente, como fez no primeiro discurso na cúpula, na terça-feira (23/8), Lula voltou a tecer críticas ao Conselho de Segurança da ONU. Para o mandatário, “a guerra na Ucrânia evidencia as limitações do Conselho de Segurança”.

“Os Brics devem atuar como uma força pelo entendimento e pela cooperação. Nossa disposição está expressa nas contribuições da China, da África do Sul e de meu próprio país para os esforços de solução do conflito na Ucrânia. Muitos outros conflitos e crises não recebem a atenção devida, mesmo causando vasto sofrimento para as suas populações. Haitianos, iemenitas, sírios, líbios, sudaneses e palestinos, todos merecem viver em paz”, defendeu.

As críticas ao Conselho de Segurança da ONU, por parte de Lula, têm sido recorrentes. Para o chefe do Executivo brasileiro o atual formato da Organização das Nações Unidas (ONU) e do conselho, “não funcionam mais”.

“Hoje, a ONU tem pouca representatividade, ela não consegue cumprir quase nenhuma tarefa. Hoje, o Conselho de Segurança não decide mais nada, porque existe o poder de veto, e os membros impedem”, afirmou o mandatário durante o Conversa com o Presidente de terça-feira.

Agenda na África

Na terça, os líderes participaram de um fórum empresarial e, depois, fizeram um retiro, um evento apenas com os chefes de Estado e governo e dos respectivos ministros das Relações Exteriores.

Nesta quarta-feira (23/8), ocorreu a reunião de cúpula entre os líderes do bloco, em duas sessões. Na quinta-feira (24), na última etapa do evento, haverá o encontro estendido com os países-membros do Brics e cerca de 40 países convidados, em sua maioria, chefes de Estado e governo de nações interessadas em ingressar no bloco, vindos da África, da América do Sul, do Caribe e da Ásia.

Dos países do bloco, estarão presentes os presidentes Lula (Brasil), Cyril Ramaphosa (África do Sul) e Xi Jinping (China), e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi.

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