metropoles.com

Na OMS, Queiroga pede doações aos países que têm vacinas extras

O encontro ocorreu por videoconferência e contou com a presença do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom

atualizado

Compartilhar notícia

Hugo Barreto/Metrópoles
Marcelo Queiroga durante reunião do Comitê de Enfrentamento à Covid no Planalto
1 de 1 Marcelo Queiroga durante reunião do Comitê de Enfrentamento à Covid no Planalto - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Em coletiva de imprensa com membros da Organização Mundial da Saúde (OMS), na manhã desta sexta-feira (30/4), o ministro Marcelo Queiroga pediu aos países que têm doses de vacinas contra a Covid-19 sobrando que façam doações ao Brasil.

O encontro ocorreu por videoconferência e contou com a presença do diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, com a diretora da Organização Pan-Americana (Opas) no Brasil, Socorro Gross, e com outros representantes de entidades internacionais.

Durante seu discurso, Queiroga, que é cardiologista, solicitou doações aos países com doses extras do imunizante contra a Covid-19. De acordo com o titular do Ministério da Saúde, a ajuda contribuirá para o avanço da campanha de vacinação e evitará o surgimento de novas variantes do vírus.

O ministro brasileiro afirmou que, no contexto pandêmico, a defesa do acesso “justo e equitativo” à imunização merece ser considerada de acordo com quadro epidemiológico da doença.

“Nesse sentido, reiteramos o nosso apelo àqueles que possuem doses extras de vacinas, para que possam compartilhá-las com o Brasil o quanto antes possível, de modo a nos permitir lograr e avançar na nossa ampla campanha de vacinação, de modo a conter a fase crítica da pandemia e evitar a proliferação de novas linhagens e variantes do vírus”, assinalou.

Ações do governo

Além do pedido de doação, Marcelo Queiroga pontuou as ações que o governo federal tem feito no combate à pandemia. Durante todo o discurso, o titular da Saúde afirmou que recebeu, do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a “incumbência” de priorizar medidas para evitar o agravamento da crise. De acordo com o ministro, seu trabalho é realizado em duas frentes: vacina e “medidas não farmacológicas”.

“Primeiramente, me comprometi com a aceleração da vacinação em todo o território nacional. Em segundo lugar, busquei orientar a população brasileira de maneira clara e objetiva sobre as medidas não farmacológicas cientificamente comprovadas no combate à Covid-19, quais sejam: o uso de máscara, constante higiene das mãos e o respeito ao isolamento social”, ressaltou.

Queiroga lamentou as mortes por Covid-19 no Brasil e no mundo, mas não citou a recente marca de 401.186 mortos em decorrência da doença e 14.590.678 casos de contaminação, alcançada pelo país na quinta-feira (29/4). Somente nas últimas 24h, foram registrados 3.001 óbitos no território nacional.

0
Mais doses

O titular da pasta da Saúde também afirmou que, até a próxima segunda-feira (3/5), o país entregará 16 milhões de doses de imunobiológicos contra a Covid-19. O ministro considera que a campanha de imunização no Brasil está “acelerada”, mas disse que a nação brasileira tem capacidade de proteger um número maior de pessoas, caso haja disponibilidade de vacinas.

“No mês de abril, conseguimos superar a meta de 1 milhão de doses diárias, atingindo 1,7 milhão de doses aplicadas em um único dia. Mas o Brasil pode ainda mais: temos capacidade de vacinar 2,4 milhões de pessoas todos os dias — sem desprezar as dificuldades resultantes do cenário de escassez de vacinas”, salientou.

Insumos

Mesmo com as recentes crises nos estoques de remédios de diversas regiões do país, o governo atuou “incansavelmente”, segundo o ministro, para distribuir insumos a todos os estados, como itens para intubação orotraqueal de pacientes e oxigênio.

O cardiologista agradeceu a Opas e às organizações privadas que fizeram doações de remédios para o Brasil. A mineradora Vale, por exemplo, foi responsável pela entrega de mais de 2,3 milhões de unidades do chamado Kit Intubação.

“Atuamos incansavelmente para também prestar apoio emergencial a todas as unidades da Federação, de modo a assegurar o acesso a oxigênio e medicamentos para intubação orotraqueal, em alta demanda no mercado”, disse o ministro.

Fortalecimento

Ao fim do discurso, Queiroga disse que a pandemia demonstrou a “necessidade de fortalecimento” do Sistema Único de Saúde (SUS), principalmente na área de atenção primária.

O ministro exaltou a atuação dos profissionais de saúde e ressaltou que pretende criar iniciativas para “valorizar e proteger” essas forças de trabalho e encarar “desafios futuros”.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?