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MTE flagra 200 trabalhadores em condições precárias em canaviais de SP

Profissionais trabalhavam sem registro, sem equipamentos de proteção e com horas de trabalho exaustivas em plantações de cana em SP

atualizado

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Reprodução/MTE
caminhão com cana e pessoas em cima
1 de 1 caminhão com cana e pessoas em cima - Foto: Reprodução/MTE

O Ministério do Trabalho e Previdência (MTE) identificou mais de 200 trabalhadores atuando em condições de trabalho degradantes, sem equipamentos de segurança e de maneira informal, em canaviais em municípios de Ribeirão Preto e Franca, em São Paulo.

Segundo os fiscais, o grupo de trabalhadores não tinha acesso a equipamentos de proteção individual e ferramentas, trabalhavam sem qualquer instalação sanitária, abrigo ou local para refeição. Eles também não tinham água potável disponível.

Os casos foram identificados em propriedades nos municípios de Morro Agudo, São Joaquim da Barra, Ituverava e Jeriquara.

A inspeção interditou várias áreas e situações de risco de acidentes graves, como caminhões deslocando-se pela área de plantio, levando trabalhadores posicionados em pé sobre a carga de cana-de-açúcar.

“Em algumas frentes de trabalho, não havia nenhum único trabalhador registrado, uma situação de completa informalidade. Infelizmente nos últimos anos passamos a encontrar situações bastante precárias, um retrocesso de mais de 20 anos neste setor”, avalia o auditor fiscal de Trabalho, Fernando da Silva.

Trabalho análogo à escravidão

Recentemente, 32 trabalhadores foram resgatados em condições análogas à escravidão em uma fazenda em Pirangi, interior de São Paulo, que fornecia cana-de-açúcar a usina da região.

Trazidos do interior de Minas Gerais, os trabalhadores tiveram de arcar com o custo do transporte, não recebiam alimentação adequada, não receberam os salários acordados, além de parte deles ter sido alojada em um açougue.

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