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MPGO denuncia homem que empurrou rapaz de sacada do 2° andar em Caldas

O agressor foi denunciado por tentativa de homicídio qualificada. A vítima foi empurrada de um sobrado, a uma altura aproximada de 5 metros

atualizado

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Jovem empurrado de sacada em Caldas Novas
1 de 1 Jovem empurrado de sacada em Caldas Novas - Foto: Reprodução

Goiânia – Tentativa de homicídio qualificada. Foi assim que o Ministério Público de Goiás (MPGO) considerou a atitude do agropecuarista Sérgio Reis de Oliveira Júnior em oferecimento de denúncia contra ele à Justiça. Durante uma briga por ciúmes, ele empurrou um rapaz de 22 anos da sacada onde há uma piscina de borda infinita no segundo andar de um sobrado em Caldas Novas. O fato ocorreu em 24 de dezembro de 2020.

De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), por intermédio da 6ª Promotoria de Justiça de Caldas Novas, o denunciado assumiu o risco de matar o estudante de administração Luiz Henrique Cavalcanti Romano, de 22 anos. O denunciado já teria ciência de sua conduta. E isso ocorreu por motivo fútil.

Conforme os relatos, no dia do crime, autor e vítima estavam em uma residência onde ocorria uma festa. Durante uma briga, Sérgio teria dado socos contra a vítima e o empurrou para dentro da piscina, onde continuou as agressões. A motivação seria ciúmes do denunciado em relação a mulheres que estavam no local e o suposto sumiço de bebidas.

Veja o vídeo da agressão:

Outras pessoas que estavam na festa tentaram separar a briga, mas não conseguiram. Quando já estava na piscina, a vítima se dirigiu à borda infinita, momento em que o autor o empurrou pelas costas. O rapaz caiu no jardim da casa, que fica no nível da rua. A altura aproximada é de 5 metros.

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A residência está localizada no Condomínio Náutico Privê e a piscina, do tipo borda infinita, fica no segundo andar, a uma altura de cerca de 5 metros.

Luiz Henrique foi socorrido por amigos e levado para um hospital. Ele ficou internado durante 11 dias em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em estado grave, e foi submetido a cirurgias, pois sofreu várias fraturas. O jovem ficou internado durante 15 dias.

Logo após a agressão, Sérgio fugiu para Goiânia.

Penalidades

De acordo com a denúncia oferecida pela promotora Tais Caroline Pinto Teixeira Nunes, o agressor tentou matar a vítima por motivo fútil. Ele também não teria empregado recurso que dificultou a defesa.

De acordo com ela, “as circunstâncias indicam que o denunciado tinha conhecimento do potencial lesivo de sua conduta e desejava provocar o resultado morte ou, ao menos, o risco de fazê-lo”.

Ainda segundo a promotora, a qualificação de motivo fútil é evidente. Pois foi “motivada por ciúmes com relação a mulheres que estavam na festa e em razão do desaparecimento de bebida alcoólica pertencente a amigos de denunciado, o que demonstra a flagrante desproporção de sua conduta”.

Sérgio também foi indiciado pela Polícia Civil de Goiás. O inquérito policial foi concluído e enviado ao Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) em 19 de janeiro deste ano.

No relatório oficial do indiciamento, também consta que o empresário foi indiciado por tentativa de homicídio duplamente qualificada por motivo fútil.

Investigações

Sérgio se apresentou à 19ª Delegacia de Polícia de Caldas Novas, onde teria admitido que empurrou a vítima, mas sem a intenção de matar. Por não ter sido uma situação de flagrante, ele foi liberado e responde, até decisão judicial, em liberdade.

No entanto, ele também é suspeito de ter participado da morte do ex-secretário de Infraestrutura do Goiás, Luiz Darlan Alkimin de Oliveira, 52. O agropecuarista morreu no Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em janeiro de 2017, oito dias após ser baleado em sua fazenda, em Goiânia.

A vítima, que ocupou o cargo público entre 2009 e 2010, foi alvejada após ter a caminhonete roubada. À época, ele saía da fazenda, quando parou para abrir a porteira e foi abordado pelos criminosos, que pediram o veículo, uma Toyota Hilux branca. Em seguida, foi baleado.

O inquérito ainda corre na Delegacia de Investigações de Homicídios (DIH) de Goiânia, sob sigilo.

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