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Motim no CE: número de mortos chega a 88 e governo afasta 160 PMs

Há quatro dias o estado vive uma onda de violência, com ocupação de batalhões. Policiais brigam por reajuste salarial

atualizado

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Subiu para 88 o número de mortos no Ceará desde o início do motim de Policiais Militares, na última quarta-feira (19/02/2020). Segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), somente nessa sexta-feira (21/02/2020), foram mais 37 homicídios, número bem acima da média.

O governo cearense contabiliza casos que se enquadram como homicídio doloso, feminicídio, lesão corporal seguida de morte e latrocínio. Há quatro dias o estado vive uma onda de violência.

Na última segunda-feira (17/02/2020), foram registradas três mortes. Na terça-feira (18/02/2020), cinco. Na quarta-feira (19/02/2020), 29 casos, e, na quinta-feira (20/02/2020), foram registrados 22. Na comparação, é possível ver as consequências da paralisação, considerada ilegal, dos policiais.

O motim de um grupo de policiais militares teve início na noite da terça-feira (18/02/2020). A situação se agravou de tal forma que durante os conflitos o senador licenciado Cid Gomes (PDT-CE) levou dois tiros.

PMs punidos
Na tentativa de minimizar o conflito, a Controladoria Geral de Disciplina (CGD) afastou 168 policiais militares. O comandante-geral da Polícia Militar do Ceará (PM-CE), tenente-coronel Alexandre Ávila, determinou que a sanção tenha ao menos 120 dias.

Serão recolhidas a identificação funcional, distintivo, arma, algema e qualquer outro instrumento que identifique as unidades de trabalho da PM. Os punidos terão o salário descontado.

O governo federal determinou que o emprego das Forças Armadas no Ceará, na chamada Operação Mandacaru, tenha como foco a capital do estado, Fortaleza.

Entenda o caso
O estado enfrenta uma crise na segurança pública, após policiais militares realizarem motins para pedir reajuste salarial.

O Ministério da Defesa pediu às Forças Armadas que evitem o confronto com grevistas e que o comandante do Exército escolha um líder para coordenar a operação no Ceará.

Desde terça-feira (18/02/2020), homens encapuzados que se identificam como agentes de segurança do Ceará invadiram quartéis e depredaram e esvaziaram pneus de veículos da polícia.

A onda de violência continua, apesar dos reforços de 2,5 mil soldados do Exército e de 150 agentes da Força Nacional que atuam dentro da Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO).

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