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Mortalidade por HIV/Aids tem queda de 24,6% na última década

Segundo o Ministério da Saúde, 960 mil pessoas vivem com HIV/Aids no Brasil, das quais 108 mil não sabem que têm a condição

atualizado

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Anna Shvets/Pexels
Fotografia colorida de pessoa com símbolo de prevenção
1 de 1 Fotografia colorida de pessoa com símbolo de prevenção - Foto: Anna Shvets/Pexels

O sistema de saúde brasileiro reduziu o coeficiente de mortalidade por HIV/Aids em 24,6% na última década. É o que apontam dados divulgados pelo Ministério da Saúde, nesta quinta-feira (1º/12), Dia Mundial de Luta contra a Aids.

O índice passou de 5,6, em 2011, para 4,2 óbitos a cada 100 mil habitantes em 2021. A pasta calcula, segundo dados de 2021, que 960 mil pessoas vivem com HIV/Aids no país, das quais 108 mil ainda não têm conhecimento da soropositividade.

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O Ministério da Saúde também aponta que oito em cada 10 cidadãos brasileiros convivendo com a condição estão em tratamento. Destas, 95% (665 mil) pessoas estão em supressão viral — ou seja, quando a carga viral no organismo é suficientemente baixa para impedir a transmissão da doença.

Erradicação da Aids

A representante do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) no Brasil, Cláudia Velásquez, celebrou os avanços da pasta no tema.

“O Brasil continua sendo uma referência no combate à Aids, apesar de todos os desafios do passado. Vejo que o Brasil tem a capacidade de acabar com essa doença até 2030, porque tem todas as ferramentas”, comentou.

Socorro Gross, representante da Organização Pan Americana no Brasil Opas/OMS, indicou caminhos para a erradicação da doença no país, e especificou que eles passam pelo reconhecimento das desigualdades.

“O Brasil foi o primeiro país que fez a diferença [no combate à Aids] no mundo. Para que o país possa ser um dos que conseguiram eliminar a doença em 2030, precisamos nos atentar à população, para diminuir as brechas que temos”, reforçou.

A especialista se referiu à importância de atentar-se à população em situação de vulnerabilidade.

“Temos de tentar e mostrar ao mundo que é possível trabalhar com os grupos sociais organizados, porque é assim que vamos chegar a essas pessoas”, indicou.

“Ninguém pode ficar para trás. Este secretário é contra qualquer tipo de estigmatização e lutará para que a política de inclusão seja uma realidade neste país”, comentou Arnaldo Medeiros, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, durante a coletiva de imprensa.

Campanha nacional

O ministério da Saúde lança, nesta quinta-feira (1º/12), a campanha “Quanto mais combinado melhor”.

A proposta foca na conscientização sobre o uso combinado de novos métodos de prevenção. A estratégia também prioriza a promoção do uso de preservativos e do incentivo à testagem regular, fundamental para a detecção precoce.

Transmissão vertical

O boletim da pasta aponta que a taxa de detecção da Aids em menores de 5 anos apresentou queda nos últimos 10 anos, passando de 3,4 casos para 1,2 a cada 100 mil habitantes en 2021, o que corresponde a uma redução de 66%.

No próximo mês, está prevista a distribuição do medicamento dolutegravir 5mg para crianças vivendo com HIV/Aids com mais de 4 semanas de vida.

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