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Morre menina de 6 anos que foi torturada pela mãe e a madrasta no RJ

Ketelen Vitória Oliveira da Rocha sofreu parada cardiorrespiratória por volta das 3h30 deste sábado (24/4) e não resistiu

atualizado

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Arquivo Pessoal
Madrasta da menina Ketelen Vitória Oliveira da Rocha, torturada e morta no Rio
1 de 1 Madrasta da menina Ketelen Vitória Oliveira da Rocha, torturada e morta no Rio - Foto: Arquivo Pessoal

Ketelen Vitória Oliveira da Rocha, de 6 anos, morreu na madrugada deste sábado (24/4). A criança foi agredida e torturada pela mãe e a madrasta em Porto Real, município do Rio de Janeiro.

Segundo boletim médico do hospital particular em que a garotinha estava internada, divulgado pelo portal Extra, Ketelen sofreu parada cardiorrespiratória por volta das 3h30 e não resistiu.

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A Justiça decretou, na última quarta-feira (21/4), a prisão preventiva das duas agressoras. O juiz Marco Aurélio da Silva Adania frisou a gravidade das lesões sofridas pela vítima, que é filha e enteada das acusadas.

Segundo a mãe da madrasta da criança, que também mora na residência em que Ketelen sofreu as agressões, a violência contra a menina começou no fim da noite de sexta-feira e continuou por pelo menos 48 horas. De acordo com o texto da decisão assinada pelo juiz do caso, foram “socos e chutes por diversas vezes”, além de a vítima ter sido “arremessada contra a parede e contra um barranco de 7 metros de altura, e de ser chicoteada com um cabo de TV”, sendo submetida a “intenso sofrimento físico e psicológico”.

Segundo o magistrado, ambas as agressoras confirmaram o crime. Além disso, o socorro só foi acionado na manhã de segunda-feira (19/4), quando a menina já não apresentava nenhuma reação, “talvez por temerem seu falecimento”.

Outros crimes

Na sentença, o juiz também destacou outros crimes por parte da madrasta. Ela tem passagem na polícia por agredir fisicamente a própria mãe, uma das testemunhas no caso envolvendo Ketelen.

“A prisão das flagranteadas merece ser mantida para a conveniência da instrução criminal, diante do fato de que as testemunhas/vítimas, por certo, sentir-se-ão amedrontadas em prestar depoimento estando estas em liberdade”, argumenta o magistrado.

Na audiência, a madrasta disse ter sofrido “violência no ato da prisão”. O juiz Marco Aurélio da Silva Adania determinou, então, que cópias dos autos fossem remetidas à Corregedoria-Geral da Polícia Militar e à Auditoria Militar, “para apurar eventuais agressões praticadas”.

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