Dr. Jairinho torturou o enteado ao menos uma vez, diz polícia
Caso teria ocorrido semanas antes da morte do menino Henry Borel Medeiros, de 4 anos, no dia 8 de março
atualizado

O vereador Dr. Jairinho, preso nesta quinta-feira (8/4) por suposta participação na morte do enteado, Henry Borel Medeiros, 4 anos, teria torturado o garoto ao menos uma vez, segundo as investigações.
De acordo com a polícia, o parlamentar agredia o menino com chutes e pancadas na cabeça. A mãe do garotinho, Monique Medeiros, sabia das agressões, apontam as diligências. No dia 12 de fevereiro, Monique teria chegado a casa e percebido que o marido estava trancado no quarto com Henry.
Dr. Jairinho e Monique foram presos nesta quinta-feira, em Bangu, na casa de uma tia do vereador. A polícia monitorava a dupla há dois dias.
Os mandados de prisão temporária, de 30 dias, foram expedidos na quarta-feira (7/4), pelo 2º Tribunal do Júri da Capital. O casal é suspeito de atrapalhar as investigações, ameaçar e combinar versões de testemunhas.
Entenda o caso
Henry Borel Medeiros morreu no dia 8 de março, ao dar entrada em um hospital da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Segundo o pai do garotinho, Leniel Borel, ele e o filho passaram, normalmente, o fim de semana juntos. Por volta das 19h do dia 7, o engenheiro o levou de volta para a casa da mãe do menino, Monique Medeiros da Costa e Silva de Almeida. Ela mora com o vereador e médico Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (Solidariedade).

O momento da prisão do médico e vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (Solidariedade) Reprodução/TV Globo

Henry Borel Medeiros morreu em 8 de março deste ano Reprodução redes sociais

Henry chegou ao hospital com diversas marcas de agressão Reprodução/ redes sociais

André França, advogado de defesa de Monique e Dr. Jairinho Aline Massuca/Metrópoles

Peritos chegam ao apartamento onde Henry Borel Medeiros morava com mãe e padrasto Aline Massuca/Metrópoles

Henry Borel Medeiros Reprodução redes sociais

Henry Borel Medeiros Reprodução redes sociais

Peritos chegam ao apartamento onde Henry Borel Medeiros morava com mãe e padrasto Aline Massuca/Metrópoles

Peritos chegam ao apartamento onde Henry Borel Medeiros morava com mãe e padrasto Aline Massuca/Metrópoles

Peritos chegam ao apartamento onde Henry Borel Medeiros morava com mãe e padrasto Aline Massuca/Metrópoles

Henry Borel Medeiros Reprodução redes sociais

Henry Borel Medeiros Reprodução redes sociais

Polícia Civil volta ao apartamento onde Henry vivia com a mãe e o padrasto, para realizar nova perícia Foto: Aline Massuca/Metrópoles

Agentes da Polícia Civil fazem nova perícia no apartamento onde Henry morava com a mãe e o padrasto Foto: Aline Massuca/Metrópoles

Leniel e Henry Borel Reprodução redes sociais

Henry Borel Medeiros Reprodução/Redes sociais

O garotinho morreu no dia 8 de março Reprodução/Redes sociais

Henry Borel e o pai, Leniel Borel Reprodução redes sociais

Vereadores fizeram um minuto de silêncio em homenagem a Henry Borel Reprodução/Redes sociais
Ainda segundo o pai de Henry, por volta das 4h30 do dia 8, ele recebeu uma ligação de Monique falando que estava levando o filho para o hospital, porque o menino apresentava dificuldades para respirar.
Leniel afirma que viu os médicos tentando reanimar o pequeno Henry, sem sucesso. O garotinho morreu às 5h42, conforme registro policial registrado pelo pai da criança.
Segundo depoimentos prestados por Monique e Jairinho na 16ª DP, eles assistiam a uma série na televisão, quando, por volta das 3h30, encontraram Henry caído no chão, com mãos e pés gelados e olhos revirados. Ambos alegam acidente doméstico.
Laudo mostra lesões graves
O laudo de exame de necropsia no corpo de Henry foi o principal ponto de partida para a investigação sobre a morte do menino de 4 anos. Assinado pelo perito Leonardo Huber Tauil do Instituto Médico-Legal (IML), o documento, ao qual o Metrópoles teve acesso, revela que o garoto morreu por hemorragia interna, laceração hepática por ação contundente, como socos e pontapés.
Foram identificadas múltiplas lesões nos rins, pulmões, nas costas e na cabeça. Depois de ouvir 17 testemunhas, a Polícia Civil do Rio de Janeiro conta ainda com uma força-tarefa com peritos que ainda está debruçada em analisar 11 celulares e três computadores, apreendidos no último dia 26, de Monique, Jairinho e do pai de Henry, Leniel Borel. Investigadores tentam recuperar mensagens apagadas dos celulares do casal, que teriam sido apagadas na noite da morte da criança.

Dr. Jairinho sendo conduzido pela polícia Reprodução/TV Globo

Prisão Reprodução/TV Globo

Dr. Jairinho foi eleito vereador no Rio Reprodução/TV Globo

Monique vivia com Dr. Jairinho há cerca de quatro meses Reprodução/TV Globo

O momento da prisão do médico e vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (Solidariedade) Reprodução/TV Globo

O momento da prisão do médico e vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (Solidariedade) Reprodução/TV Globo

Jairinho, padrasto de Henry Borel Medeiros, ao ser preso no dia 8 de abril Reprodução/TV Globo

Monique Medeiros da Costa e Silva de Almeida, mãe de Henry Borel Medeiros Reprodução/TV Globo

O momento da prisão do médico e vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (Solidariedade) Reprodução/TV Globo

Monique Medeiros da Costa e Silva de Almeida, mãe de Henry Borel Medeiros Reprodução/TV Globo