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Moraes determina que PF escute bolsonarista Marcos Cintra em 48h

Vice-candidato de Soraya Thronicke, Marcos Cintra publicou ataques ao sistema eleitoral brasileira durante o final de semana

atualizado

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Waldemir Barreto/Agência Senado
Foto colorida mostra Marcos Cintra, ex-secretário da Receita - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida mostra Marcos Cintra, ex-secretário da Receita - Metrópoles - Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou neste domingo (6/11) que Marcos Cintra, candidato à vice-Presidência na chapa de Soraya Thronicke (União Brasil), seja ouvido pela Polícia Federal em até 48 horas. Mais cedo, o Twitter reteve a conta do economista por divulgar informações falsas sobre o sistema eleitoral.

“Conforme se verifica, Marcos Cintra utiliza as redes sociais para atacar as instituições democráticas, notadamente o Tribunal Superior Eleitoral, bem como o próprio Estado democrático de Direito, o que pode configurar, em análise preliminar, crimes eleitorais”, diz a decisão de Moraes.

O ministro ainda estipulou uma multa diária de R$ 20 mil, caso Cintra volte a publicar ataques ao sistema eleitoral, e de R$ 100 mil, caso o Twitter não bloqueie os perfis ligados ao economista.

Veja a decisão na íntegra:

decisão Moraes by Júlia Portela on Scribd

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Ex-secretário da Receita Federal de Jair Bolsonaro (PL), o economista estava endossando dúvidas sobre o pleito, lançadas por bolsonaristas. Marcos Cintra deixou o governo federal ainda no primeiro ano da gestão Bolsonaro, após defender a recriação da CPMF.

No sábado (5/11), Cintra disse que as dúvidas sobre as urnas “merecem resposta”. “Verifiquei os dados do TSE e não vejo explicação para o JB [Jair Bolsonaro] ter zero votos em centenas de urnas. Ex. Roraima, e em São Paulo, como em Franca, Osasco e Guarulhos”, escreveu.

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“Curiosamente não há uma única urna em todo o país onde o Bolsonaro tenha tido 100% dos votos. E se há suspeita em uma única urna, elas recaem sobre todo o sistema”, acrescentou.

Questionamentos semelhantes levaram à suspensão de contas de outros bolsonaristas, como o deputado federal eleito Nikolas Ferreira (PL-MG) e a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).

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