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Monstro da favela Alba: serial killer atacou gays e travestis em SP

Jorge Luiz Morais de Oliveira matava e enterrava vítimas na própria casa. Ele é réu por homicídio e já foi condenado também por estupro

atualizado

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Reprodução/Record TV
Monstro da Alba
1 de 1 Monstro da Alba - Foto: Reprodução/Record TV

Conhecido como “Monstro da Favela Alba”, o pedreiro e pintor Jorge Luiz Morais de Oliveira, 47 anos, é suspeito de concretar uma ossada em um imóvel erguido por ele no bairro no Jabaquara, zona oeste de São Paulo.

Na quarta-feira (17/11), um funcionário da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) encontrou uma arcada dentária e uma parte de osso não identificada enquanto trabalhava na parte externa da casa. Oliveira será interrogado para prestar depoimento no 35º DP (Jabaquara), que investiga o caso.

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O criminoso tem uma extensa ficha criminal e é conhecido por ter cometido crimes hediondos no passado. Oliveira está preso desde 2015 acusado de matar cinco pessoas e as enterrar na própria casa, localizada na comunidade da Alba.

Ele foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) e é réu por homicídio qualificado em um processo que tramita na 1ª Vara do Júri de São Paulo.

Estima-se, porém, que o homem fez mais vítimas, pois outras ossadas foram localizadas na residência ao longo da apuração policial.

As investigações revelaram que o “Monstro da Alba” tinha um modus operandi característico. Suas vítimas eram homossexuais, travestis e pessoas viciadas em drogas. Elas eram escolhidas ao acaso e atraídas para a casa de Oliveira, sob o pretexto de consumirem álcool e entorpecentes com ele.

No local, o criminoso matava as vítimas por estrangulamento e as enterrava no próprio quintal. Oliveira assassinava as vítimas para não ser delatado à polícia, também porque ficou 20 anos detido por homicídio.

O objetivo do criminoso era fazer com que as vítimas não resistissem a seus atos devido à quantidade de álcool no organismo. A denúncia do MP classificou o comportamento do “Monstro da Alba” como “psicopata”.

Oliveira ainda não foi julgado pelos cinco assassinatos. Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), há três audiências do júri marcadas para 16, 17 e 18 de março de 2022. O magistrado responsável pela ação é o juiz Roberto Zanichelli Cintra.

Condenação por estupro

Em abril de 2020, o “Monstro da Alba” foi condenado a oito anos e dois meses de prisão por estupro contra uma mulher que não teve o nome revelado. O ato durou cerca de três horas.

De acordo com as investigações, Oliveira a atraiu para um beco sob justificativa de dar-lhe drogas. No local, o criminoso a golpeou com uma “gravata” e disse a ela que “era da facção [Primeiro Comando da Capital (PCC)]”.

Em audiência, a vítima contou que era ameaçada a todo tempo, inclusive de morte, caso tentasse fugir ou contasse para alguém o que havia acontecido.

A mulher, que admitiu ser usuária de crack e portadora do vírus HIV, também revelou que tinha “um monte de cadáver na casa”, além de “cabelo de mulher, enxada, corpo para todo quanto é lado”.

Na sentença, a juíza Eva Lobo Chaib Dias Jorge negou que Oliveira cumprisse a pena em liberdade e declarou que pessoas perigosas, como ele, devem ser encarceradas para garantia da paz social.

“Demonstrou o acusado periculosidade, insensibilidade moral e desvirtuamento de caráter, também quando se valeu da fragilidade da vítima, contra quem foi exercida violência de todas as ordens e em vista também do longo período em que permaneceu com ela, restringindo sua liberdade. Agentes de tais delitos devem ser segregados do convívio social, a fim de que seja reestabelecida a paz social, e também para que a sociedade seja assegurada de que a impunidade não impera”, escreveu a magistrada.

Crescimento e família

Ouvidos pela Justiça, irmãos de Oliveira destacaram as atitudes agressivas por parte dele contra a própria família, principalmente quando misturava álcool e drogas.

Um dos homens disse que não “confiava em Jorge para deixá-lo com sua filha, dada sua personalidade e o que ele já havia feito no passado”.

Relatos mostram que o acusado teve uma infância “comum”, mas em alguns momentos, chegou a ameaçar os irmãos com objetos pontiagudos. A família, muitas vezes, precisava escondê-los para que Oliveira não os pegasse.

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