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Monique diz que estava dormindo quando Jairinho encontrou Henry

Em carta escrita em presídio, mãe do menino de 4 anos descreve o momento que viu o filho na madrugada do dia 8 de março

atualizado

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Reprodução/TV Globo
Monique
1 de 1 Monique - Foto: Reprodução/TV Globo

Rio de Janeiro – Diferentemente do depoimento prestado no dia 18 de março, na 16ª DP (Barra da Tijuca), onde esteve com o vereador e médico Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido), a professora Monique Medeiros da Costa e Silva de Almeida relatou que foi acordada com o marido chamando por ela para ir ver Henry Borel Medeiros “que estava respirando mal”.

Em carta de 29 páginas, escrita no Complexo de Bangu, zona oeste do Rio de Janeiro, onde a mãe do menino se trata de Covid-19, Monique relata os últimos minutos de vida de Henry.

“Por volta da 1h30, Jairinho disse para irmos ao quarto dormir. Ele falou para irmos um pouco até o quarto de hóspedes para conversar um pouco. Ligou a televisão num canal qualquer, baixinho, ligou o ar condicionado me deu dois medicamentos que ele estava acostumado a me dar, pois dizia que eu dormia melhor mas eu não o vi tomando. Logo, eu adormeci, acho que nem chegamos a conversar”, contou.

De madrugada, ela disse que foi acordada por Jairinho. “Ele me acordou, dizendo para eu ir até o quarto, que ele pegou o Henry do chão, o colocou na cama e que meu filho estava respirando mal”, descreveu Monique.

A professora conta ainda que foi correndo até o quarto do casal e que encontrou Henry de barriga para cima, descoberto, com a boca aberta, e pensou que o menino tivesse desmaiado.

“Pedi para Jairinho olhar ele, mas ele passou por nós para ir até o banheiro. Notei que Henry estava com as mãos e os pés gelados e perguntei como ele tinha visto Henry caído no chão. Ele disse que escutou um barulho que chamou sua atenção e acordou para ver. Que Henry tinha caído da cama. Então, enrolei o Henry numa manta e corremos para a emergência do Barra D’Or. Mas em nenhum momento eu achava que estava carregando meu filho morto nos braços”, lamentou.

Monique encerrou a carta descrevendo os últimos minutos no hospital, para qual o menino foi levado. Segundo o laudo da necropsia, Henry Borel chegou já chegou sem vida ao pronto socorro.

“Na emergência do hospital, foram os minutos, segundos e horas mais desesperadoras que já pude vivenciar. Eu orava, ajoelhava, implorava”.

Em depoimento, Monique Medeiros disse ao delegado Henrique Damasceno, titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), que foi ela quem encontrou Henry caído no chão, ao lado da cama, e então chamou por Jairinho. Segundo Monique, o vereador estava no banheiro quando ela foi ver como estava o filho. A professora alegou que o menino tivesse caído da cama.

Em nota, o advogado de defesa de Jairinho, Braz Sant’Anna, afirmou que a carta da mãe de Henry trata-se de “uma peça de ficção”.

“Sem falar sobre a tese da defesa, o que somente farei após a denúncia, posso adiantar que a carta da Monique é uma peça de ficção, que não encontra apoio algum nos elementos de prova carreados aos autos”.

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