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Militar que matou vizinho e foi chamado de “vítima” tem prisão mantida

Durval Teófilo Filho morreu com três tiros, na porta do condomínio onde os dois moravam, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio

atualizado

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Durval Teófilo Filho
1 de 1 Durval Teófilo Filho - Foto: Reprodução

Rio de Janeiro – A Justiça manteve a prisão do sargento da Marinha Aurélio Alves Bezerra, que matou o vizinho Durval Teófilo Filho com três tiros, na porta do condomínio onde os dois moravam, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio. A decisão foi tomada durante a audiência de custódia, realizada nesta sexta-feira (4/2).

O militar, que inicialmente foi classificado como “vítima” pela polícia, chegou a alegar legítima defesa, versão derrubada pela investigação.

Com a repercussão do caso, a corporação o indiciou por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar, e o Ministério Público solicitou a conversão da prisão de flagrante para prisão preventiva, o que foi confirmado pela juíza Ariadne Villela Lopes, da 5ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio.

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Para o Ministério Público, no entanto, ainda será necessária a conversão da tipificação do homicídio de culposo para doloso, ou seja, com intenção, como registrado pela magistrada.

“Pelo Ministério Público foi dito que: requer a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva. Além disso, entende que a conduta imputada ao custodiado não se amolda a capitulação imputada pela autoridade policial, qual seja, artigo 121, §3º do CP, visto que não entende ser tal conduta culposa”, diz o despacho da juíza.

Na delegacia, após o crime, Aurélio afirmou ter atirado ”para reprimir a injusta agressão iminente que acreditava que iria acontecer”. Ele foi classificado como vítima. Segundo a Polícia Civil, essa tipificação foi usada no primeiro momento, quando ele alegou ter se tratado de legítima defesa, o que “já foi alterado e ele consta agora como autor”, disse a polícia.

Ainda em seu depoimento, o sargento Aurélio informou que “acreditava que seria assaltado, pois Durval estava mexendo em algo na região da cintura, o que acreditava ser uma arma de fogo”, declara o termo.

“Pelo fato de estar armado, tornou-se imperioso antecipar-se, caso contrário o declarante poderia ser vitimado”, continua o documento. O militar também explicou aos policiais que seu carro tem película escura nas janelas. “Por estar chovendo, não conseguiu ver com precisão o que Durval estava segurando”, justificou o acusado.

Câmeras do circuito interno do condomínio registraram a ação que vitimou Durval, morador do local há 12 anos depois de deixar uma comunidade para fugir da violência.

Em nota, a Marinha do Brasil diz que “tomou conhecimento da ocorrência envolvendo um dos seus militares, em São Gonçalo-RJ, e informa que está colaborando com os órgãos responsáveis para a elucidação do fato”.

“A MB lamenta o ocorrido e se solidariza com os familiares da vítima”, acrescenta o texto.

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