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Mauro Vieira promete “reconduzir Brasil ao palco das relações internacionais”

Ministro das Relações Exteriores assumiu cargo em cerimônia no Itamaraty, nesta segunda (2/1). Ele agradeceu a Celso Amorim, Lula e Dilma

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Mauro Vieira assume o cargo de ministro das Relações Exteriores - Metrópoles
1 de 1 Mauro Vieira assume o cargo de ministro das Relações Exteriores - Metrópoles - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O embaixador Mauro Viera assumiu o Ministério das Relações Exteriores na noite desta segunda-feira (2/1), em cerimônia no Palácio do Itamaraty. Durante o discurso, o chanceler desenhou a política externa dos próximos anos, e defendeu que a principal tarefa será “reinserir o Brasil na própria região e no mundo”.

“Minhas primeiras palavras são de gratidão ao presidente de a República pela confiança em mim depositada para chefiar o Itamaraty e executar a política externa que reconduzirá o Brasil ao grande palco das relações internacionais”, iniciou o discurso.

Segundo o ministro, o país esteve distante da comunidade internacional nos últimos anos em razão de uma “visão ideológica limitante” do governo anterior.

“Estivemos alijados do cenário internacional nos últimos anos por força de uma visão ideológica limitante. Com bom senso e muito trabalho e dedicação, reconquistaremos nosso lugar”, afirmou.

Diante do cenário, a principal tarefa será retomar os canais de diálogo bloqueados, processo que “vai requerer uso intenso da capacidade diplomática e forte retomada da diplomacia presidencial”.

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Protagonismo regional

Vieira também destacou que o cenário internacional impõe desafios significativos em termos de política e economia mundial, mas ressaltou que terá como prioridade os pilares da sustentabilidade ambiental e socioeconômica. “A boa notícia é que, como tem dito o presidente Lula, o Brasil está de volta”, frisou.

“Teremos que recompor relações bilaterais danificadas e retomar o protagonismo construtivo em fóruns e organismos internacionais, onde temos uma contribuição singular a oferecer”. Para tanto, ele citou o papel do país na União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e o retorno à Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), deixada na gestão de Jair Bolsonaro (PL), em 2020.

Além da atuação na América-Latina, o ministro sinalizou que a diplomacia brasileira retomará posicionamentos estratégicos anteriores ao governo Bolsonaro, como a aproximação de países africanos e do Oriente Médio, bem como a retomada dos acordos entre o Mercosul e a União Europeia.

Mandato interrompido

O chanceler ocupou a pasta das Relações Exteriores durante o governo Dilma Rousseff, entre 2015 e 2016. No discurso, Vieira citou a sua passagem pelo governo petista e lembrou o impeachment de Dilma:

“Não é comum a que nos seja dada uma segunda oportunidade de voltar a fazer algo que foi brusca e involuntariamente interrompido. Em maio de 2016, deixei o cargo ao qual eu regresso em meio a um doloroso processo de impeachment que fraturou o pais e deixou marcas profundas”, completou.

“Queria reiterar gratidão que devo a Dilma e lamento que não tivemos a oportunidade de concluir na política externa as tarefas a que nos havíamos proposto.”

Vieira chegou ao evento acompanhando do ex-chanceler, Celso Amorim. Participaram do evento a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva; e o senador Jean Paul Prates, indicado para a Petrobras. Também estavam presentes a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, e o ministro do STF, Ricardo Lewandowski, entre outras autoridades.

Quem é Mauro Vieira

Diplomata com mais de 50 anos de carreira, Vieira chefiou a pasta durante o governo da também petista Dilma Rousseff, entre 2015 e 2016. Ao longo da atuação diplomática, ocupou alguns dos principais postos do Brasil no exterior, como a embaixada na Argentina, em Washington e a representação do Brasil nas Nações Unidas, em Nova York.

Segundo interlocutores, o atual embaixador do Brasil na Croácia criou um vínculo com Lula no período em que o petista foi preso, em 2018, após ser condenado pela Lava Jato. Isso fez com que o presidente eleito escolhesse o ex-chanceler para assumir o cargo.

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