Rio de Janeiro – Angústia, pressão e ansiedade foram os motivos que levaram a jovem Sabrina Freitas Cartaxo Araújo Pereira, de 16 anos, a deixar sua casa, na manhã de segunda-feira (25/10). A jovem desapareceu e deixou apenas um bilhete para sua mãe, a empresária Mariana Cartaxo, 34, informando que sairia para caminhar. O desespero terminou em final feliz na noite desta quinta-feira (28/10).
Mariana prestava depoimento quando foi avisada pela polícia que a filha havia sido localizada. “Estava na delegacia, perdida, vivendo um verdadeiro drama sem informações sobre o paradeiro dela. Foi quando avisaram que ela tinha sido achada, na zona oeste. Foi uma sensação de alívio muito grande. Meu coração estava muito apertado. Só tenho a agradecer a todos os que contribuíram para que ela voltasse”, desabafou a mãe ao Metrópoles.

Bilhete deixado por Sabrina Cartaxo antes de desaparecerArquivo Pessoal

Sabrina Freitas Cartaxo Araújo Pereira, 16 anos, foi encontrada após sumir por três dias no RioReprodução

Sabrina Cartaxo deixou recado dizendo que ia caminharReprodução

Cartaz pede que informações sobre a jovem sejam passadas ao Conselho TutelarReprodução

Mariana e Sabrina Cartaxo, mãe e filha desaparecidaArquivo Pessoal
A mãe comemorou poder abraçar a filha novamente, após viver três dias de desespero. Mariana diz que ainda precisa entender os reais fatores que levaram Sabrina a buscar este isolamento e que a jovem cumprirá um plano de acompanhamento profissional para “equilibrar as emoções” e seguir em frente.
“Estamos oferecendo a ela o acolhimento necessário para este momento e não vou deixá-la vivendo nessa angústia”, conta a empresária, que recebeu com a filha a família do namorado dela, Pedro, fundamental para que Sabrina fosse localizada.
Mariana começou as buscas pela filha refazendo seus passos. Como o Metrópoles mostrou com exclusividade, câmeras do circuito interno de vídeo do prédio onde a menina mora, em Copacabana, registraram o momento em que ela saiu de casa e desapareceu. Assista:
Jovem ficou assustada com a repercussão e contou para mãe todos os seus passos.
“Ela passou na casa do avô e de lá voltou pra zona sul, disse que ficou no Leblon, na praia. Até que se assustou com a repercussão, voltou para Realengo e pediu ajuda ao Pedro, o namorado dela, que a levou para a casa de parentes. Até que a mãe dele a levou pro conselho tutelar e avisou à polícia onde ela estava. Sem essa ajuda, não teria chegado até ela”, comemora a empresária.
Celular desligado
A Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) assumiu a investigação e solicitou à Justiça o rastreamento do celular de Sabrina, que ficou dois dias desligado. A jovem percebeu que o cerco estava se fechando quando um motorista de aplicativo, que a levou de Copacabana até a casa do avô, em Realengo, na zona oeste, reconheceu a história e procurou a família.
O motorista informou que transportou uma jovem numa corrida solicitada por um usuário chamado Pedro. No caso, era o namorado da jovem desaparecida.
“O motorista disse que só não tinha certeza absoluta de que era minha filha porque ela estava usando máscara. Mas juntei as peças. A corrida foi pedida pelo Pedro, nome do namorado dela, e o endereço do destino era a casa do meu pai, que é bem idoso, não percebeu que ela passou por lá e que estava acontecendo isso tudo”, revela a mãe da menina.
Segundo a mãe, Sabrina deve ter ficado ainda mais apreensiva quando Pedro foi intimado pela polícia. Na volta para casa, a mãe prometeu dar muito carinho, cuidado e apoio.
“ela chorou muito e agora está sendo acolhida. Vai ser acompanhada por profissionais para que a gente entenda o motivo pra ela ter feito isso. A gente ainda não entendeu o que aconteceu e não vamos pressionar. É o momento de acolher e oferecer a ela a segurança emocional que ela está precisando. Quero apenas agradecer, muito, a todos os que me ajudaram a dar fim nesse sofrimento”.