Mãe reencontra filha sumida no RJ e diz que “coração estava apertado”

A estudante Sabrina Cartaxo Pereira, de 16 anos, contou ter saído de casa em sofrimento, sentindo angústia, pressão e ansiedade

atualizado 29/10/2021 9:48

Arquivo Pessoal

Rio de Janeiro – Angústia, pressão e ansiedade foram os motivos que levaram a jovem Sabrina Freitas Cartaxo Araújo Pereira, de 16 anos, a deixar sua casa, na manhã de segunda-feira (25/10). A jovem desapareceu e deixou apenas um bilhete para sua mãe, a empresária Mariana Cartaxo, 34, informando que sairia para caminhar. O desespero terminou em final feliz na noite desta quinta-feira (28/10).

Mariana prestava depoimento quando foi avisada pela polícia que a filha havia sido localizada. “Estava na delegacia, perdida, vivendo um verdadeiro drama sem informações sobre o paradeiro dela. Foi quando avisaram que ela tinha sido achada, na zona oeste. Foi uma sensação de alívio muito grande. Meu coração estava muito apertado. Só tenho a agradecer a todos os que contribuíram para que ela voltasse”, desabafou a mãe ao Metrópoles.

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A mãe comemorou poder abraçar a filha novamente, após viver três dias de desespero. Mariana diz que ainda precisa entender os reais fatores que levaram Sabrina a buscar este isolamento e que a jovem cumprirá um plano de acompanhamento profissional para “equilibrar as emoções” e seguir em frente.

“Estamos oferecendo a ela o acolhimento necessário para este momento e não vou deixá-la vivendo nessa angústia”, conta a empresária, que recebeu com a filha a família do namorado dela, Pedro, fundamental para que Sabrina fosse localizada.

Mariana começou as buscas pela filha refazendo seus passos. Como o Metrópoles mostrou com exclusividade, câmeras do circuito interno de vídeo do prédio onde a menina mora, em Copacabana, registraram o momento em que ela saiu de casa e desapareceu. Assista:

Jovem ficou assustada com a repercussão e contou para mãe todos os seus passos.

Ela passou na casa do avô e de lá voltou pra zona sul, disse que ficou no Leblon, na praia. Até que se assustou com a repercussão, voltou para Realengo e pediu ajuda ao Pedro, o namorado dela, que a levou para a casa de parentes. Até que a mãe dele a levou pro conselho tutelar e avisou à polícia onde ela estava. Sem essa ajuda, não teria chegado até ela”, comemora a empresária.

Celular desligado

A Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) assumiu a investigação e solicitou à Justiça o rastreamento do celular de Sabrina, que ficou dois dias desligado. A jovem percebeu que o cerco estava se fechando quando um motorista de aplicativo, que a levou de Copacabana até a casa do avô, em Realengo, na zona oeste, reconheceu a história e procurou a família.

O motorista informou que transportou uma jovem numa corrida solicitada por um usuário chamado Pedro. No caso, era o namorado da jovem desaparecida.

“O motorista disse que só não tinha certeza absoluta de que era minha filha porque ela estava usando máscara. Mas juntei as peças. A  corrida foi pedida pelo Pedro, nome do namorado dela, e o endereço do destino era a casa do meu pai, que é bem idoso, não percebeu que ela passou por lá e que estava acontecendo isso tudo”, revela a mãe da menina.

Segundo a mãe, Sabrina deve ter ficado ainda mais apreensiva quando Pedro foi intimado pela polícia. Na volta para casa, a mãe prometeu dar muito carinho, cuidado e apoio.

“ela chorou muito e agora está sendo acolhida. Vai ser acompanhada por profissionais para que a gente entenda o motivo pra ela ter feito isso. A gente ainda não entendeu o que aconteceu e não vamos pressionar. É o momento de acolher e oferecer a ela a segurança emocional que ela está precisando. Quero apenas agradecer, muito, a todos os que me ajudaram a dar fim nesse sofrimento”.

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