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Mãe de congolês morto após ser espancado no Rio pede justiça

Moïse Kabamgabe foi enterrado no domingo (30/1). Segundo testemunhas, ele apanhou de cinco homens em um quiosque da Barra da Tijuca

atualizado

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1 de 1 Moise_congoles - Foto: Reprodução

Rio de Janeiro – Os familiares do jovem congolês de 25 anos, espancado até a morte no Rio de Janeiro na última semana, exigem uma apuração rigorosa da morte do trabalhador.

Moïse Kabamgabe nasceu no Congo, na África, e trabalhava por diárias em um quiosque próximo ao posto 8 da praia da Barra, na zona oeste da capital. O jovem e sua família vieram para o Brasil em 2014, como refugiados políticos.

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“Uma pessoa de outro país que veio ao seu país para ser acolhido. E vocês vão matá-lo por que ele pediu o salário dele? Porque ele disse: ‘Estão me devendo?’”, questionou Chadrac Kembilu, primo de Moïse, ao G1.

De acordo com a família, o jovem congolês estava com dois dias de pagamento atrasado e, quando foi cobrar, apanhou de cinco homens.

“Meu filho cresceu aqui, estudou aqui. Todos os amigos dele são brasileiros. Mas hoje é uma vergonha. Morreu no Brasil. Quero justiça”, afirmou Ivana Lay, mãe de Moïse.

Corpo amarrado em escada

Segundo testemunhas, o jovem foi agredido por, pelo menos, 15 minutos. Pedaços de madeira e um taco de beisebol foram usados contra ele. O corpo de Moïse foi encontrado em uma escada, amarrado e já sem vida.

Os parentes do congolês só souberam da morte quase 12h depois do crime, já na terça-feira (25/1). O jovem foi enterrado nesse domingo, no Cemitério de Irajá, na zona norte da cidade.

Até o momento, oito pessoas já foram ouvidas por investigadores da polícia, das quais, segundo a família, cinco estavam envolvidas no assassinato de Moïse. O crime é investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital.

Em nota ao Metrópoles, a Polícia Civil afirma que a perícia foi realizada no local e imagens de câmeras de segurança foram analisadas. As diligências estão em andamento para identificar os autores.

Ao G1, o representante da Embaixada do Congo, Placide Ikuba, afirmou que “o Brasil é um país receptor dos refugiados, ratificou a convenção de Genebra, junto com todos os protocolos adicionais. Uma das bases é a proteção da vida humana dos refugiados que são recebidos”.

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