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“Luto por justiça”, diz pai de Henry antes de 1º dia de julgamento

Primeira sessão de julgamento sobre a morte do garoto começa na manhã desta quarta-feira (6/10), no 2º Tribunal do Júri, no Centro do Rio

atualizado

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Reprodução redes sociais
Polícia do Rio investiga a morte de Henry Borel
1 de 1 Polícia do Rio investiga a morte de Henry Borel - Foto: Reprodução redes sociais

Rio de Janeiro – “Estou apreensivo, mas luto por justiça”, afirmou o engenheiro Leniel Borel na terça-feira (5/10), véspera da primeira sessão de julgamento sobre a morte de seu filho, o menino Henry Borel, de 4 anos, que será realizada no 2º Tribunal do Júri nesta quarta-feira (6/10), a partir das 9h30.

Uma das 12 testemunhas de acusação convocadas pelo Ministério Público, Leniel será o quarto a ser ouvido. Três testemunhas acabaram não localizadas: as duas médicas que atenderam o menino que já chegou morto ao hospital Barra D’Or e a babá do garoto, Thayna de Oliveira Ferreira.

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No último dia 28, um oficial de justiça informou que Thayna não mora mais no único endereço que consta no processo. “Ela ainda não sinalizou nada para mim”, afirmou a advogada de Thayna, Priscila Sena, sobre a possibilidade de comparecimento da cliente independentemente de ter sido localizada pela Justiça.

A ausência preocupa o pai de Henry. “É preciso um esclarecimento sobre o sumiço da babá. O que está acontecendo? As médicas que atenderam meu filho também não foram encontradas”, desabafou.

Thayna foi peça-chave na investigação ao revelar que a mãe de Henry, a professora Monique Medeiros, sabia que a criança era agredida pelo então padrasto, o vereador cassado e médico Jairo de Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho. O casal foi preso em 8 de abril e responde por tortura e homicídio triplamente qualificado com emprego de tortura.

A pedido do Metrópoles, Leniel enviou um vídeo. Nas imagens, ele pede julgamento proporcional ao crime e chama Jairinho e Monique de monstros.

Veja o vídeo:

Na terça-feira (5/10), o desembargador da 7ª Câmara Criminal, Joaquim Domingos de Almeida Neto, negou o pedido da ex-mulher de Jairinho, Ana Carolina Ferreira Netto, para não ir depor nesta quarta-feira (5/10) na audiência do caso, como uma das testemunhas de acusação.

Ana Carolina é mãe de dois filhos do ex-político, com quem foi casada durante 20 anos. Ela contou a polícia que sofreu agressões dele no início do casamento.

Jairinho acompanhará a sessão por videoconferência do presídio Pedrolino Werling de Oliveira, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, zona oeste.

A sessão

O julgamento no tribunal do júri tem duas fases. Nesta primeira, serão ouvidas as testemunhas de acusação. Se as três pessoas ainda não encontradas forem localizadas depois, poderão ser realizados os depoimentos em nova audiência. Caso contrário, haverá nova sessão para ouvir as testemunhas de defesa.

Jairinho e Monique serão os últimos interrogados. Após isso e os advogados apresentarem as alegações e decidirem se pedem ou não novas diligências, como a localização de testemunhas, a juíza Elizabeth Louro decidirá se os réus serão pronunciados, ou seja, julgados por sete jurados escolhidos por sorteio, que formarão o júri popular para dar o veredito.

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