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LDO abre semana decisiva para o governo no Congresso Nacional

Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) define as bases para o Orçamento da União em 2024. Congresso entra em recesso na sexta-feira

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Hugo Barreto/Metrópoles
Congresso nacional visto pelo patio do STF manifestações desoneração - Metrópoles
1 de 1 Congresso nacional visto pelo patio do STF manifestações desoneração - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

A última semana de atividades antes do recesso do Poder Legislativo tem início com a análise da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que deve ser votada em sessão conjunta do Congresso Nacional marcada para as 12h desta terça-feira (19/12).

O encontro ocorrerá de forma semipresencial, ou seja, parlamentares podem votar remotamente por meio do aplicativo InfoLeg. A opção é para garantir o quórum para as votações.

A sessão é uma das três agendas do Congresso previstas para a semana. Na quarta (20/12), deputados e senadores também devem se reunir para promulgar a proposta de emenda à Constituição (PEC) 45/19, a reforma tributária.

Na quinta-feira (21/12), a previsão é de as Casas analisem a Lei Orçamentária Anual (LOA), o Orçamento de 2024, além de uma série de vetos e projetos de lei do Congresso Nacional.

LDO 2024

A LDO define as diretrizes para a elaboração do Orçamento. O parecer, elaborado pelo deputado Danilo Forte (União-BA) e aprovado pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) na última semana, mantém a definição de prazos para que o governo federal empenhe as emendas parlamentares impositivas. Elas podem ser individuais (de deputado ou senador) ou de bancada estadual.

O texto também institui uma trava de R$ 23 bilhões para o limite de contingenciamentos em 2024. O valor reservado para as emendas bateu recorde histórico: R$ 49 bilhões. São R$ 25 bilhões para emendas individuais, R$ 12,5 bilhões para as de bancada e R$ 11,3 bilhões para as de comissões.

O relator, porém, complementou o voto para retirar os prazos para as emendas de comissão (não impositivas). Foi mantida a destinação mínima de 0,9% da receita líquida de 2022 para essas emendas, sendo dois terços para as comissões da Câmara e um terço para as do Senado. O total de recursos está em torno de R$ 11 bilhões.

O relator recuou de sua intenção original e retirou do texto um trecho que incluía o Sistema S no Orçamento da União. Gerido pelo setor industrial, o Sistema S é formado por entidades como Sesi, Sesc e Senai, voltados a treinamento e promoção de esporte e cultura. Como justificativa, o relator afirmou que a mudança traria mais transparência e controle dos recursos públicos destinados às entidades.

LOA

A LOA tem relatoria de Luiz Carlos Motta (PL/SP), que ainda não apresentou o parecer final. Antes disso, a CMO precisa chancelar os 16 relatórios setoriais, dos quais 10 foram aprovados na última semana. Os já ratificados pelo colegiado são os das seguintes áreas:

  • Fazenda, Planejamento, Indústria e Comércio;
  • Trabalho e Previdência;
  • Poderes de Estado e Representação;
  • Integração, Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente;
  • Educação e Cultura;
  • Agricultura, Desenvolvimento Agrário e Pesca;
  • Turismo;
  • Esporte;
  • Mulheres e Direitos Humanos;
  • Saúde;
  • Assistência Social e Família;
  • Infraestrutura, Minas e Energia;
  • Ciência, Tecnologia e Telecomunicações; e
  • Defesa.

A CMO também aprovou o relatório com a estimativa de receita do Orçamento de 2024, de R$ 5,4 trilhões. A relatora, Professora Dorinha Seabra (União-TO), aumentou R$ 10,5 bilhões na estimativa devido à atualização dos preços do dólar e do barril de petróleo.

As principais despesas primárias previstas no relatório preliminar da LOA são a previdência social (30% do total, somando R$ 919 bilhões); transferências para estados e municípios (16,6% do total, somando R$ 507 bilhões); e despesas de pessoal (13,3% do total, somando R$ 407,1 bilhões).

Já as maiores renúncias fiscais de 2024 previstas no parecer são o Simples Nacional (23,9% do total, somando R$ 125,4 bilhões); agricultura e agroindústria (11,3% do total, somando R$ 58,9 bilhões); e isenções do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física (9,8% do total, somando R$ 51,3 bilhões).

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