metropoles.com

Suboficial da Marinha é condenado por incêndio em base na Antártica

Incêndio ocorreu em fevereiro de 2012, deixou dois militares mortos e causou prejuízo de R$ 24 milhões aos cofres públicos

atualizado

Compartilhar notícia

Reprodução/Superior Tribunal Militar
incendio_antartica
1 de 1 incendio_antartica - Foto: Reprodução/Superior Tribunal Militar

O Superior Tribunal Militar (STM) condenou um suboficial da Marinha a dois anos de detenção por um incêndio ocorrido na base brasileira na Antártica, em 2012. Ele foi denunciado pelo crime de “causar incêndio em lugar sujeito à administração militar, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem”.

Segundo a denúncia do Ministério Público Militar, o sargento era responsável por transferir óleo diesel entre tanques que alimentavam os geradores da base. Na noite do acidente, ele deixou o posto, com a transferência em andamento, para participar da festa de despedida de uma pesquisadora. O incêndio teria ocorrido porque a transferência de combustível não foi encerrada em tempo hábil, levando ao transbordamento dos tanques. O contato do óleo com o gerador quente foi a principal causa do fogo.

Em julgamento de primeira instância no Tribunal Militar, o suboficial foi absolvido. Segundo o magistrado responsável pelo caso, o descuido do militar e o consequente transbordamento do tanque é apenas uma entre outras hipóteses que teriam ocasionado o incêndio. Em razão da ocorrência da dúvida, o juiz decidiu absolver o réu, por não haver prova suficiente para a condenação.

No entanto, a promotoria apelou ao Superior Tribunal da Marinha (STM), que teve um entendimento diferente do juiz de primeira instância. A maioria dos ministros da Corte entendeu que o sargento foi negligente ao deixar o posto de trabalho por tanto tempo, o que provavelmente contribuiu para o início do incêndio.

Danos
A base brasileira Comandante Ferraz, na Antártida, que começou a operar em 1984, pegou fogo em 25 de fevereiro de 2012. Cerca de 70% das instalações foram destruídas e dois militares morreram. Na oportunidade, o Brasil desenvolvia cerca vinte projetos de pesquisa científica, entre eles, de observação atmosférica, geologia, ciências biológicas, monitoramento ambiental de baleias e algas, monitoramento climático e o projeto criosfera, que se desenvolve no interior do continente. No dia do incêndio, a maioria das 60 pessoas que estavam na estação brasileira foi transferida até a base do Chile. Os prejuízos aos cofres públicos foram da ordem de R$ 24 milhões. (Informações do Superior Tribunal Militar)

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?