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STF deve decidir sobre mudanças na demarcação de terras indígenas

Bolsonaro planeja revisar reservas de índios, quilombolas e desapropriações para reforma agrária

atualizado

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Antonio Cruz/Agência Brasil
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1 de 1 antcrz_abr1906184452 - Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

A ideia do governo de revisar demarcações de reservas indígenas, quilombolas e desapropriações de terra para reforma agrária realizadas na última década não deve ser encerrada com um simples ato do Executivo. O mais provável é que a questão seja levada ao Supremo Tribunal Federal (STF), responsável por julgar processos sobre o assunto. São informações do jornal O Globo.

Ao menos sete processos de demarcações indígenas aguardam o pronunciamento na Corte. Eles estão na pauta do plenário do dia 25 de abril. Pela Constituição, cabe à União demarcar as terras. Como é um direito constitucional, os casos acabam no STF. Nos processos, normalmente são os estados que questionam a demarcação, alegando prejuízos econômicos.

No governo Bolsonaro, um novo tipo de processo deve ser inaugurado, a partir da revisão administrativa das demarcações. Segundo o secretário especial de Assuntos Fundiários, Luiz Nabhan, isso será feito em caso de falha grave ou fraude. A tendência é que os povos indígenas recorram dessa eventual decisão ao STF, representados pelo Ministério Público.

Uma súmula do STF diz que, em caso de fraude, o poder público pode invalidar o ato. No eventual julgamento dessa causa, também caberá ao Tribunal decidir se houve fraude no ato anulado.

O caso mais rumoroso que o Tribunal já julgou foi o da reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima. Foi fixada uma demarcação contínua, e não segmentada, ao contrário do que queria o governo do estado.

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