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STF autoriza PGR a ouvir ex-presidentes da Petrobras e do BB

Caso revelado pelo Metrópoles mostrou mensagens de Roberto Castello Branco sobre possíveis interferências de Bolsonaro na Petrobras

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
Ministra do STF Rosa Weber
1 de 1 Ministra do STF Rosa Weber - Foto: Michael Melo/Metrópoles

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber autorizou, nesta sexta-feira (15/7), que a Procuradoria-Geral da República (PGR) colha os depoimentos de Roberto Castello Branco, ex-presidente da Petrobras, e Rubem Novaes, ex-presidente do Banco do Brasil, no caso que investiga supostas interferências do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).

O caso foi revelado pelo Metrópoles no fim de junho. Mensagens obtidas pela reportagem mostram que Castello Branco afirmou, em um grupo de economistas, que devolveu seu celular corporativo à estatal, ao deixar o comando da empresa, com material que, segundo ele, poderia incriminar o mandatário.

“No meu celular corporativo tinha mensagens e áudios que poderiam incriminá-lo. Fiz questão de devolver intacto para a Petrobras”, concluiu Castello Branco, sem entrar em detalhes sobre quais crimes o presidente teria cometido e estariam registrados no aparelho.

De acordo com o despacho assinado por Rosa Weber, a medida atende tanto o “interesse social de apuração de fatos potencialmente criminosos” como também as “liberdades individuais do virtual investigado”.

“No caso concreto, o exame dos fatos noticiados na peça exordial permite concluir que a conduta eventualmente criminosa atribuída ao Chefe de Estado teria sido por ele perpetrada no atual desempenho do ofício presidencial”, argumenta a magistrada.

O pedido de investigação foi apresentado no STF pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O relator do caso é o ministro Roberto Barroso, mas a manifestação foi feita por Rosa Weber em virtude do período de férias.

A PGR quer saber de Rubem Novaes qual era a natureza da conversa, com detalhes e informações contextuais. Já de Castello Branco, as informações solicitadas incluem datas, circunstâncias e contextos das mensagens recebidas e por qual motivo elas não teriam sido encaminhadas para autoridades competentes.

“Se eu quisesse atacar o Bolsonaro não foi e não é por falta de oportunidade (sic). Toda vez que ele produz uma crise, com perdas de bilhões de dólares para seus acionistas, sou insistentemente convidado pela mídia para dar minha opinião. Não aceito 90% deles [dos convites] e quando falo procuro evitar ataques”, afirmou o ex-presidente no aplicativo de mensagens, na ocasião.

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