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Risos de Edison Brittes irritam delegado em audiência do Caso Daniel

Responsável pelas investigações falou por cerca de três horas no Fórum de São José dos Pinhais, no terceiro dia de audiências

atualizado

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REPRODUÇÃO/SÃOPAULOFC
jogador Daniel assassinado há mais de uma semana na casa do casal em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba
1 de 1 jogador Daniel assassinado há mais de uma semana na casa do casal em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba - Foto: REPRODUÇÃO/SÃOPAULOFC

O delegado Amadeu Trevisan, que comandou as investigações sobre a morte do ex-jogador Daniel Correia, em outubro do ano passado, em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba (PR), reclamou, durante seu depoimento à Justiça, de algumas risadas do empresário Edison Brittes – assassino confesso do jogador – e de Eduardo Henrique, também acusado.

“Percebi isso, em um determinado momento, achei uma afronta à Justiça, estávamos em uma audiência pública”, afirmou. A defesa, no entanto, declarou que a “juíza não viu dolo naquela situação, se fosse o contrário, teria tirado na mesma hora”, informou.

O delegado falou por cerca de três horas no Fórum de São José dos Pinhais, no terceiro dia de audiências. Ele foi a 13ª testemunha de acusação a prestar depoimento. No mesmo dia, foram ouvidos os investigadores Marcelo Brandt e Izaudino José Gomes dos Reis.

Em seu depoimento, o delegado reafirmou que a mulher de Edison Brittes, Cristiana, poderia ter impedido a morte do jogador, e que Brittes não agiu sob forte tensão, pois, entre a primeira agressão e o crime, passaram-se três horas.

Do lado externo do Fórum, o caso tem provocado reações em algumas pessoas. Para a técnica Marjorie Cavalari, o crime chocou a cidade. “Essas pessoas deveriam pegar pena máxima, ele foi torturado de forma física e psicológica até ser morto. Se não forem punidos com pena máxima, outros se sentirão no direito de cometer crimes assim”, disse.

Além dela, poucas pessoas se manifestaram e o clima dentro do Fórum foi tranquilo.

Para o advogado de defesa da família Brittes, Claudio Dalledone, os primeiros dias mostraram algumas “verdades” sobre o comportamento de Cristiana. “Ficou provado e consignado diante da juíza, pelas testemunhas que estavam na casa, que Cristiana pediu ajuda, pediu socorro por Daniel. Pediu socorro e ajuda para que uma tragédia fosse evitada”, disse Dalledone.

As audiências começaram com duas horas de atraso, no final da manhã, e o advogado de Ygor King e Deivid William, Rodrigo Faucz, pediu a nulidade dos depoimentos, pois ele havia pedido alteração das datas de audiência, mas não foi atendido e os dois rapazes foram acompanhados de um advogado dativo.

As audiências para ouvir as 48 testemunhas de defesa acontecem nos dias 1º, 2 e 3 de abril.

Denúncias
Edison Brittes, 38 anos, Ygor King, 19, David Willians Vollero Silva, 18 e Eduardo Henrique da Silva, 19. Cristiana Brittes, 35, foi denunciada também por homicídio, além de coação de testemunhas e fraude processual.

A filha de Cristiana e Edison, Allana Brittes, 18, foi denunciada por fraude processual, coação de testemunhas e corrupção de menores – por ter obrigado a namorada de Eduardo, Taís, 17, a participar da faxina da casa. Evellyn Perussso, que chegou a trocar beijos com Daniel horas antes do crime e que era tratada como testemunha, foi denunciada por falso testemunho, ao acusar Eduardo Purkote, que chegou a ser preso, de participação no crime. Purkote foi solto dias depois.

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