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Raquel Dodge pede apoio da sociedade no combate à corrupção

“Dividimos com todos a obrigação de tornar a sociedade mais justa”, disse a procuradora-geral da República

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1 de 1 raquel-dodge-840×541 - Foto: ANDRE DUSEK/ESTADAO

Na abertura do seminário “Combate à Corrupção: avaliação e perspectivas”, nesta segunda-feira (10/12), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enfatizou a importância do apoio da sociedade para barrar a corrupção. Segundo Dodge, só com a colaboração de todos e com mudança de comportamento, será possível combater efetivamente o problema. “Dividimos com todos a obrigação de tornar a sociedade mais justa”, afirmou.

Durante o evento, Dodge apresentou a nova ferramenta gerencial do Ministério Público Federal para acompanhar o cumprimento dos acordos de colaboração premiada. O sistema permite, por exemplo, verificar o pagamento de multas acordadas pelos colaboradores.

Só no âmbito da Operação Lava Jato, já foram consolidadas informações referentes a 170 colaboradores que tiveram acordos homologados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Entre multas e perdimento de bens e valores, o sistema catalogou quase R$ 850 milhões pagos pelos colaboradores, dos quais, R$ 684,7 milhões se referem a multas. Do total já recuperado, mais de R$ 280 milhões foram devolvidos aos órgãos públicos.

O foco da Procuradoria-Geral da República (PGR) agora é cobrar o acerto de parcelas que já venceram e ainda não foram quitadas pelos colaboradores. São R$ 422,9 milhões nessa situação. Há, ainda, R$ 277,6 milhões em parcelas a vencer. Raquel Dodge destacou que o objetivo do Ministério Público Federal é garantir o ressarcimento ao órgão público lesado. “A reparação do dano não é um mérito do colaborador. É dever”, disse.

De acordo com a PGR, atualmente, existem mais de 130 operações de combate à corrupção no MPF. Considerando valores perseguidos acima de R$ 1 milhão, são mais de 50 operações. Considerada um marco nacional no combate à corrupção, a operação Lava Jato foi tema de painel com todos os coordenadores das forças-tarefas do MPF. Em todas as frentes da ofensiva já são mais de 600 réus, e as penas somadas ultrapassam os 2,4 mil anos de prisão. Apenas ao STF, foram denunciadas 144 pessoas.

Raquel Dodge ressaltou ainda a importância do entendimento consolidado pelo STF em 2016, quanto ao início da execução da pena após condenação em segunda instância, para coibir corruptos. A PGR aproveitou também para defender a formação de forças-tarefas internacionais, com ministérios públicos de outros países, para avançar na luta contra a corrupção em diferentes nações. (Com informações do MPF)

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