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Policial federal que prendeu ex-ministro Milton Ribeiro pede suspensão de inquérito

Policial federal Raphael Astini diz ter se tornado alvo de investigação do delegado Bruno Caladrini, que comandou a Operação Acesso Pago

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Igo Estrela/Metrópoles
Milton Ribeiro, ministro da Educação durante evento no palacio do planalto
1 de 1 Milton Ribeiro, ministro da Educação durante evento no palacio do planalto - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O policial federal Raphael Soares Astini entrou com um pedido de habeas corpus (HC) no Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender a tramitação do inquérito que investiga o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro.

Astini foi o responsável pela prisão de Ribeiro, em Santos (SP). Ele afirma ser alvo de abuso de autoridade e de investigação paralela que estaria sendo promovida pelo delegado da Polícia Federal (PF) Bruno Calandrini, responsável pela Operação Acesso Pago – que investiga tráfico de influência e corrupção na liberação de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

O colunista Rodrigo Rangel, do Metrópoles, revelou que Calandrini pediu ao Supremo Tribunal Federal a prisão de integrantes da cúpula da Polícia Federal. O pedido também está nas mãos da ministra Cármen Lúcia, encarregada do inquérito sobre a corrupção no MEC.

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No HC, Astini pede que o inquérito seja suspenso liminarmente até ordem da relatora, ministra Cármen Lúcia. Além disso, solicita o trancamento das supostas investigações paralelas em “desfavor do paciente e demais policiais federais que não compreendem o objteto inicial estipulado pelo MPF”.

“A ilegalidade da persecução criminal pretendida pela autoridade apontada como coatora resta evidente eis que vem conduzindo investigação paralela, de forma escusa, nega-se a fornecer cópia de elementos já produzidos e persegue em investigação instaurada sem justa causa”, escreveu o advogado José Carlos Astini Júnior, que representa o policial Raphael Soares Astini na ação.

Por outro lado, Calandrini afirma que seus superiores estariam impondo obstáculos ao bom andamento da investigação. Em mensagem enviada após a prisão do ex-ministro da Educação, ele disse que não tinha “autonomia investigativa para conduzir o inquérito deste caso com independência e segurança institucional”.

O delegado afirmou ainda que houve “decisão superior” para que Ribeiro, na ocasião da deflagração da operação, não fosse transferido de São Paulo para Brasília.

Um grampo telefônico usado pelo Ministério Público Federal (MPF) para apontar indícios de envolvimento do presidente Jair Bolsonaro (PL) e encaminhar para o STF parte da investigação sobre o escândalo no MEC mostra o ex-ministro Milton Ribeiro contando a uma filha que “o presidente” lhe alertou sobre a possibilidade de uma operação de busca e apreensão. “Hoje o presidente me ligou. Ele está com um pressentimento, novamente, de que podem querer atingi-lo através de mim”, disse Ribeiro a uma filha, no último dia 9 de junho. “Ele acha que podem querer fazer uma busca e apreensão em casa. É muito triste”, declarou o ex-ministro.

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