Alvo da PF, Milton Ribeiro recebe proposta para voltar ao Mackenzie

Antes de ser preso pela Operação Acesso Pago, ex-ministro da Educação recebeu convite para trabahar no instituto Mackenzie

atualizado 11/07/2022 14:35

Ex-Ministro da Educação Milton Ribeiro. Ele tem cabelos brancos ao lado da cabeça e usa óculos - Metrópoles Vinicius Schmidt/Metrópoles

Alvo da Operação Acesso Pago, que investiga tráfico de influência e corrupção, o ex-ministro da Educação e reverendo Milton Ribeiro (foto em destaque) recebeu uma proposta para voltar a trabalhar no Instituto Presbiteriano Mackenzie, mantenedora da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

A proposta é para assumir um cargo administrativo ou de direção no instituto voltado para a implementação de novos cursos e ao desenvolvimento de projetos de expansão educacional.

“Temos a convicção que a sua experiência nos ajudará na consecução desses projetos de expansão da nossa instituição. Aguardamos o seu posicionamento para detalharmos outras questões”, diz trecho do convite formal recebido pelo ex-ministro da Educação.

Procurado, o Mackenzie informou ao Metrópoles que desde que entrou no governo Bolsonaro, Ribeiro “não desempenha nenhuma função dentro do instituto”.

Antes de ser alçado ao cargo de ministro da Educação, em julho de 2020, Ribeiro era membro do Conselho Deliberativo do Instituto Presbiteriano Mackenzie. Ele também já foi vice-reitor e reitor da mesma instituição.

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A Comissão de Ética Pública (CEP) apontou potencial conflito de interesse caso o ex-ministro da Educação assumisse o cargo, e impôs uma quarentena de seis meses. Ribeiro procurou o órgão consultivo no último dia 9 de maio.

“Nota-se, assim, uma estreita correlação entre as atribuições do cargo de ministro de Estado da Educação e a atividade pretendida pelo consulente no âmbito da instituição privada de ensino superior proponente, de modo que, entende-se que essa atuação pode conferir possível vantagem estratégica indevida a essa proponente e direcionar, de maneira imprópria, o curso de interesses privados que transitam na esfera de competência pública”, assinalou a CEP.

O Metrópoles tentou contato com Ribeiro, inclusive por meio do advogado dele, mas não houve resposta até o fechamento desta reportagem. O espaço segue aberto.

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