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ONG de direitos humanos pede punição a patrocinadores da Copa América

Entre as empresas-alvo do requerimento, está a Havan, do empresário bolsonarista Luciano Hang

atualizado

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Vinícius Santa Rosa / Metrópoles
Dono da Havan
1 de 1 Dono da Havan - Foto: Vinícius Santa Rosa / Metrópoles

O Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH) entrou com uma representação, na sexta-feira (12/6), no Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), para punir empresas que estão patrocinando a Copa América 2021, que começa oficialmente neste domingo (13/6), no Brasil – apesar da pandemia de Covid-19.

A ação é assinada pelos advogados Carlos Nicodemos e Maria Fernanda Fernandes Cunha. Estão na mira as empresas Havan, do empresário bolsonarista Luciano Hang; TCL; Semp; Kwai; Betsson; Betfair e; TeamViwer. O Metrópoles teve acesso em primeiro mão à representação (leia a íntegra ao fim desta matéria).

O MNDH pede a retirada de promoção das ações publicitárias no evento, retratação pública das empresas, promoção de campanhas afirmativas direcionada aos valores éticos e direitos humanos e aplicação de sanção disciplinar de acordo com o estatuto social do Conselho Nacional.

“O evento mencionado é uma clara violação e desrespeito à dignidade da pessoa humana, bem como uma inversão do que deveria ser considerado como interesse coletivo, visto o momento pandêmico vivido pelo Brasil. A realização de um evento da magnitude da Copa América gera um alto risco de aumento no contágio e transmissão do Covid-19, que consequentemente, agravaria a pandemia brasileira”, diz a entidade.

Na ação, o movimento destaca que as empresas Mastercard e Ambev resolveram desistir de expor suas marcas no evento. A ONG faz várias às companhias que seguem patrocinando o evento futebolístico.

“As empresas buscam se beneficiar da realização de um evento que desconsidera por completo os direitos fundamentais da população brasileira, negando, portanto, todos os padrões éticos, de valores e os objetivos da regulamentação publicitária, como por exemplo, a regra que toda atividade publicitária deve ser preparada a partir do senso de responsabilidade social”, pontua.

Leia a íntegra da representação:

Reclamação CONAR – Patrocinadores da Copa América by Tacio Lorran Silva on Scribd

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